A ARTE DO NARRADOR NO ROMANCE DO FUNDO DO POÇO SE VÊ A LUA, DE JOCA REINERS TERRON

Autores

  • Rozenice Evangelista Sanches UNEMAT

Resumo

O narrador-protagonista-defunto da obra Do Fundo do Poço se Vê a Lua, de Joca Reiners
Terron, protagoniza sua própria história num espaço labiríntico que se compõe em duas metrópoles.
Abordaremos aqui a importância desse narrador que, por ser um transexual, vivencia os conflitos de
muitos seres humanos que caminham à margem da sociedade. Observaremos os comentários que ele tece,
à medida que apresenta situações conflituosas que vive consigo mesmo e com o outro, transcrevendo os
diálogos, descrevendo as personagens e, sobretudo, emitindo suas reflexões. Salientaremos, na
personagem, características do homem pós-moderno, que se encontra numa posição fronteiriça, fazendo
um mergulho na sua identidade fragmentada, e que por ser um desgarrado do meio em que se encontra,
volta-se para si mesmo. É nossa intenção investigar, também, o fato de o narrador manter durante toda a
narrativa um diálogo com o leitor, o que sugere que há a necessidade de ser aceito ou, mesmo perdoado,
pelas suas atitudes. Vale salientar que a necessidade de estudar o narrador neste trabalho se fez também
pelo fato de este personagem-narrador só dar a conhecer sua condição no final da narrativa, um defunto
no fundo do poço.

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Referências

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TERRON, Joca Reiners. Do Fundo do Poço se Vê a Lua. São Paulo:

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Publicado

2014-10-28

Como Citar

Sanches, R. E. (2014). A ARTE DO NARRADOR NO ROMANCE DO FUNDO DO POÇO SE VÊ A LUA, DE JOCA REINERS TERRON. Revista Athena, 6(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/148

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS