Edições anteriores

  • ARTIGOS
    v. 10 n. 1 (2023)

  • ARTIGOS E DOSSIÊ TEMÁTICO - Formação de Professores e a Prática como Componente Curricular: Vozes de um Seminário
    v. 9 n. 2 (2022)

    Nesta Edição da Revista de Educação do Vale do Arinos - RELVA compartilhamos um Dossiê Temático intitulado Formação de Professores e a Prática como Componente Curricular: Vozes de um Seminário, que contempla seis artigos, fruto de discussões sobre as novas diretrizes curriculares a serem implementadas nos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), cada um dos artigos tece análises sobre as "experiências empreendidas em cada um dos cursos de graduação em que atuam os respectivos autores, tecendo análises qualitativas e críticas a partir das vivências relatadas. Alguns dos cenários de fundo das atividades realizadas foi o triste e turbulento contexto de pandemia de Covid-19, que exigiu difíceis adequações, reinvenções". A relevância das abordagens apresentadas no dossiê temático deve-se ao fato de as reflexões trazem aspectos que relacionam a teoria e a práticas, na crença de uma "formação docente de melhor qualidade também por meio de vivências práticas e, principalmente, associadas a reflexões teóricas sobre essas mesmas práticas".

    Também compartilhamos quatro artigos em fluxo contínuo que analisam os letramentos digitais cr´íticos, a educação na pandemia do Covid 19 e a relação com as Tecnologias Digitais da informação e Comunicação e as discussões sobre racismo e os direitos humanos, por meio três tipos de atividades: oficinas educacionais, exibições de vídeos curtos e cinedebates e também os desafios da educação ambiental, que contemple reflexões sobre o direito a vida, a partir das percepções das juventudes camponesas sobre os conflitos socioambientais existentes na comunidade tradicional Nossa Senhora de Lurdes (conhecida como Zé Alves) e na comunidade remanescente de Quilombo Laranjal.

  • DOSSIÊ TEMÁTICO: DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES IMPACTADAS PELA ATUAL ORDEM DEMOCRÁTICA
    v. 9 n. 1 (2022)

    DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES IMPACTADAS PELA ATUAL ORDEM DEMOCRÁTICA

    Ângela Rita Christofolo de Mello

     

    O Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Cáceres, oferta no curso de Mestrado em Educação, disciplinas consideradas obrigatórias e tópicos especiais. A disciplina Formação de Professores: concepções e práticas é uma das que compõem os tópicos especiais. Esta disciplina tem como objetivo, trabalhar as especificidades da formação inicial e continuada de professores, requeridas na hodiernidade. Desta feita, aborda conhecimentos teóricos, metodológicos e práticos com vistas a permitir ao mestre em Educação atuar no contexto educacional da Educação Básico e/ou Superior.  De acordo com a sua ementa, incluem-se nas discussões: 

     "[...] questões da relação teoria-prática, ensino-pesquisa, formação inicial e continuada. Enfatiza os paradigmas presentes nos cursos de formação de professores, compreendendo os pressupostos que os sustentam na constituição do docente e da sua profissionalização, bem como as possibilidades de sua reconstrução crítica. Estuda os processos de elaboração, proposição e efetivação de políticas relacionadas à educação em geral e à formação de professores em sua relação com a sociedade e os movimentos organizados". (Disponível em: http://portal.unemat.br/index.php?pg=site&i=educacao &m=disciplinas-subjects-asignaturas. Acesso em: 11 maio 2022). 

     Observamos então, que a sua intencionalidade se associa à construção dos conhecimentos necessários para a atuação docente. Com isso, defendemos a importância desta disciplina para todos àqueles que são ou que serão professores.  Compreendemos que a identidade profissional do professor é gradativamente construída e reconstruída. À medida que o professor inicia a sua atuação e se insere no processo de formação continuada e de qualificação profissional, amplia os conhecimentos que lhe possibilitam adotar uma postura reflexiva. Por sua vez, essa postura, aos poucos, vai desalienando-o das amarras ideológicas que geralmente estão presentes nos currículos escolares e, de certa forma, lhe induzirá para uma atuação pouco mais autônoma em sala de aula.  

    Assim, ao trabalharmos esta disciplina, debatemos conceitos e concepções que esperamos, contribuam para a construção do perfil do educador do século XXI, que necessariamente exige dinamismo e disposição para pesquisar e refletir com vistas a uma insistente práxis docente transformadora.  

    Enquanto professora permanente do PPGEdu da UNEMAT, Câmpus de Cáceres/MT, trabalhamos a disciplina Formação de Professores: concepções e práticas no segundo semestre dos anos de 2019, 2020 e 2021, com o objetivo de possibilitar aos mestrandos em educação, aprofundamento teórico, conceitual e metodológico inerentes ao exercício da docência, com destaque a necessidade da formação continuada e da postura prático-reflexiva e autônoma em defesa de uma educação pesquisadora e transformadora.  Para tanto, pontuamos os objetivos específicos de: estudar   a   conjuntura educacional com vistas a compreender os pressupostos que poderão constituir a identidade docente, bem como a  relação  teoria-prática  na  perspectiva  de  compreender  a  necessidade  da  fundamentação teórica como condição para sustentar a atuação docente ou a prática pedagógica autônoma; reconhecer a necessidade de adotar em sua atuação docente postura crítico-reflexiva   que   articule   o processo   de   aprendizagem   à   pesquisa. 

    Desta feita, a oferta da disciplina de sessenta horas aulas geralmente é dividida em três unidades de vinte horas. Na Unidade I: A formação inicial e continuada de professores e a constituição do conhecimento docente debatemos vários artigos e teve como referências básicas:  Garcia (1999); Giroux(1997); Imbernón  (2001); Nóvoa  (1995);  e Tardiff (2002). Na Unidade II, cujo tema estudado foi A prática da reflexibilidade, balizada em autores como: Alarcão (2005 e 2007); Pimenta (2005); Schön (1983); e Zeichner (1993), além de artigos que fundamentaram as discussões. Na Unidade III com o tema A autonomia pedagógica, a partir das referências básicas de Contreras (2002) e Freire (2011, 2010, 2014), discutimos vários artigos que versaram sobre o tema em questão.  

    Desse modo, a metodologia adotada constituiu-se de estudos de livros com as referências básicas e artigos publicados em revistas que elucidaram debates voltadas à formação inicial e continuada de professores em uma perspectiva identitária, reflexiva, crítica e autônoma. Em defesa de uma práxis docente transformadora, emancipadora e libertadora. Com aulas expositivas, interativas e dialogadas, seminários com equipes de apresentadores e debatedores, exibições de filmes e vídeos, rodas de conversas, trabalho em equipes com leituras, fichamentos e planejamentos de apresentações e debates, avaliação oral e escrita que incluiu a co-avaliação e autoavaliação das atividades trabalhadas no decorrer da disciplina.  Como trabalho final, acordamos a elaboração de artigos individuais e em coautorias com orientadores ou professores que trabalharam outras disciplinas ou com colegas de turma, com temas relacionados à educação. 

    Neste sentido, compuseram este dossiê seis textos, destes, quatro foram escritos em coautorias com orientadora, professora de outra disciplina e colegas de turma. Dois são resultados de trabalhos individuais. Assim, publicizamos um dossiê com diferentes combinações autorais e com temas interdisciplinares, relacionados à educação e as implicações que ela sofre diante da atual ordem econômica, que afetam a formação inicial e continuada de professores e impactam na qualidade social da educação ofertada, principalmente nas instituições públicas.  

     

    ISSN: 2359-0041

    INDEXADORES:

    Latindex: http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=2&folio=22078

    Diadorim: http://diadorim.ibict.br/handle/1/1131

    https://sumarios.org/revista/relva

  • DOSSIÊ TEMÁTICO: EDUCAÇÃO E MÚLTIPLAS LINGUAGENS – DILEMAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

    DOSSIÊ TEMÁTICO: EDUCAÇÃO E MÚLTIPLAS LINGUAGENS – DILEMAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
    v. 8 n. 2 (2021)

    APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ TEMÁTICO: EDUCAÇÃO E MÚLTIPLAS LINGUAGENS – DILEMAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

    Ariele Mazoti CRUBELATI

    Prezados (as) leitores (as),

    É com muito entusiasmo que divulgamos a Edição 2021/2 (v.8 n.2 - 2021-2) da Revista de Educação do Vale do Arinos – RELVA versão Eletrônica da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Juara-MT. Esta edição é muito especial, particularmente para mim, pois trata-se de um Dossiê Temático referente aos trabalhos publicados e apresentados no XV Seminário de Educação do Vale do Arinos – SEVA ao qual coordenei. O tema desse evento foi “Educação e Múltiplas Linguagens – Dilemas e Desafios Contemporâneos” e por isso, a presente edição anuncia produções científicas de estudantes e pesquisadores de diferentes instituições e áreas do conhecimento que se associam aos anseios educacionais.

    ISSN: 2359-0041

    INDEXADORES:

    Latindex: http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=2&folio=22078

    Diadorim: http://diadorim.ibict.br/handle/1/1131

  • Dossiê Temático: Interculturalidade e formação de professores(as): avanços e desafios.
    v. 8 n. 1 (2021)

    Este volume da Revista de Educação do Vale do Arinos – RELVA compõe-se de oito artigos, produzidos por pesquisadores de diferentes instituições e regiões do Brasil, que responderam ao convite para participar do dossiê temático Interculturalidade e formação de professores(as): avanços e desafios, como oportunidade para socializar trabalhos sobre a formação inicial e continuada de professores no país, especialmente quanto à formação docente para atuação em contextos culturais específicos ou para a promoção da educação intercultural.

    Nesse sentido, o conjunto de artigos deste dossiê contribui para se refletir sobre avanços e desafios da interculturalidade por meio de experiências e projetos de formação docente para a educação escolar indígena, a educação do campo e a educação quilombola, bem como para o ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas.

    Tal reflexão é fundamental no atual cenário nacional, que tem produzido rupturas em políticas públicas de educação e alterações curriculares, por meio de instrumentos normativos, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Comum para a Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica e novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica.

    Diante de tal cenário, é oportuno conhecer os resultados de pesquisas desenvolvidas em diferentes instituições, assim como iniciativas e experiências exitosas de formação docente para a educação intercultural, como base para se problematizar os impactos das atuais mudanças nos rumos da educação nacional, especialmente quanto aos desafios da formação docente para a diversidade e a interculturalidade.

    Os artigos são precedidos de um Prefácio, de autoria de Tânia Rezende, que situa o dossiê no marco teórico da interculturalidade, enfatiza as relações históricas entre educação escolar e colonialidade, e apresenta a educação intercultural como forma de superar o memoricídio e a concepção epistemológica binária, monolíngue e monoepistêmica de ensino historicamente estabelecida no Brasil.

    O primeiro artigo do dossiê, intitulado “O Ensino do Português, como segunda Língua, na perspectiva Histórico-Cultural e da Didática Desenvolvimental: interlocuções com os jovens indígenas”, de autoria de Danielle Gonçalves Sena, Marcelle Karyelle Montalvão Gomes, Aníbal Monteiro de Magalhães Neto e Marly Augusta Lopes de Magalhães, trata de um proposta de ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua, para jovens indígenas, tendo como princípio o respeito à especificidade de seus aspectos linguísticos e culturais.

    Por sua vez, o artigo intitulado “Interculturalidade e a Formação dos Professores: o contexto Escolar da Comunidade Quilombola/Kalunga Mimoso-Albino”, de autoria de Maria Edimaci T. B. Leite, Marliane Dias Silva e Maria Zeneide C. M. de Almeida, discute sobre a interculturalidade e a formação dos professores no contexto de uma comunidade quilombola, a partir do olhar de uma professora que atua na escola da comunidade, situada no município de Paranã, estado de Tocantins.

    Em seguida, o artigo intitulado “Etnomatemática na formação e na produção acadêmica de professores/as de Licenciaturas em Matemática do Acre, Amapá, Roraima e Rondônia”, de autoria de Danila de Souza Domiciano, Kécio Gonçalves Leite e Eliana Alves Pereira Leite, analisa a presença de etnomatemática na formação e na produção acadêmica de professores formadores que atuam em cursos de Licenciatura em Matemática do Acre, Amapá, Roraima e Rondônia. Os autores destacam que a ausência da etnomatemática na formação dos formadores pode limitar o ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas e a promoção da educação escolar em perspectiva intercultural pelos futuros novos docentes egressos dos cursos analisados.

    O próximo artigo, intitulado “Proposta de material didático específico para as aulas de matemática nas escolas do povo indígena Cinta Larga”, de autoria de Augusto Cinta Larga e Carma Maria Martini, apresenta reflexões sobre o processo de elaboração de um material didático sobre o tema “termos numéricos do Povo Cinta Larga”. Os autores ressaltam que o material foi elaborado de forma coletiva, contemplou o contexto social e cultural do Povo Cinta Larga, tem potencial para fortalecer a identidade indígena dos estudantes e contribuir para a promoção de uma educação matemática significativa e intercultural.

    O artigo intitulado “Prática docente quilombola e os impactos da pandemia na educação”, das autoras Olindina Serafim Nascimento e Maria Cecilia Fantinato, trata dos desafios da prática docente na educação escolar quilombola a partir de narrativas de oito professoras quilombolas que atuam nos territórios do Espírito Santo. As autoras promovem uma reflexão sobre educação intercultural, relações étnico-raciais e a educação no contexto da pandemia de COVID-19, destacando as mudanças nas condições de trabalho docente por meio remoto.

    Na continuidade do dossiê, o artigo “PIBID Intercultural: Reflexões sobre alfabetização em contextos indígenas da Amazônia”, de Josélia Gomes Neves, apresenta reflexões sobre alfabetização intercultural a partir de experiências vivenciadas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, por estudantes indígenas pertencentes aos povos Zoró, Paiter Suruí, Nambikuara/Mamaindê, Karitiana, Cujubim, Macurap, Arikapu, Wajuru, Tupari, Oro Nao, Oro Mon, Oro Waram Xijein, Oro Eo, Cao Oro Waje e Djeoromitxi.

    Por sua vez, o artigo “Educação do Campo nos Anais do Congresso Brasileiro de Etnomatemática”, dos autores Márcia Regina de Souza Silva e Kécio Gonçalves Leite, analisa como os trabalhos publicados nos anais das cinco primeiras edições do Congresso Brasileiro de Etnomatemática definiram e referenciaram teoricamente a educação do campo. Os autores enfatizam a necessidade dos pesquisadores que estudam a interface da etnomatemática com a educação do campo promoverem uma maior aproximação teórica de suas pesquisas com o movimento que culminou com as Diretrizes Gerais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, fruto das experiências desenvolvidas no contexto de luta dos movimentos sociais camponeses por terra e educação.

    O último artigo do dossiê, intitulado “Análise da importância e utilização do tênis de mesa na educação física escolar”, dos autores Moisés de Lima Araújo, Nádia Raquel Dutra de Morais Mourão, Nairana Cristina Santos Freitas, Luis Carlos Gonçalves de Oliveira, Aníbal Monteiro de Magalhães Neto e Patrícia Chaves de Araújo do Socorro, trata da importância do tênis de mesa para a educação física e a situação de sua utilização em diferentes escolas no município de Barra do Garças-MT.

    Agradecemos aos autores e às autoras pelo compartilhamento dos artigos que compõem este dossiê da Revista de Educação do Vale do Arinos – RELVA. Em seu conjunto, estes textos certamente contribuirão ao necessário debate sobre as especificidades da formação docente para a atuação em contextos culturais específicos, para a promoção do ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas e para a educação intercultural.

     

    Organizadores do dossiê:

    Prof.ª Dr.ª Marly Augusta Lopes de Magalhães (UFMT)

    Prof. Dr. Kécio Gonçalves Leite (UNIR)