DA SUBSERVIÊNCIA À EMANCIPAÇÃO: UMA ANÁLISE SOBRE AS IDENTIDADES EM TORTO ARADO/ FROM SUBSERVIENCE TO EMANCIPATION: AN ANALYSIS OF IDENTITIES IN TORTO ARADO
DOI:
https://doi.org/10.30681/athena.v30i3.14449Palavras-chave:
Emancipação. Identidades. Subserviência.Resumo
As identidades das personagens de Torto Arado (2019), de Itamar Vieira Júnior, são constituídas a partir do entrelaçamento das vivências e convivências dos descendentes de africanos escravizados, submetidos ao trabalho rural, em regime de exploração. O presente artigo pretende analisar os efeitos da diáspora africana e da subserviência dessa população na construção da subjetividade das personagens, considerando que a diáspora e o deslocamento forçado promovem identidades múltiplas (Hall, 2003). Ademais, a análise propõe investigar as vias de expansão da consciência identitária para a emancipação das personagens da narrativa.
Downloads
Referências
ABDALA JÚNIOR, Benjamin. Fronteiras múltiplas, identidades plurais. São Paulo: Senac, 2002.
ABDALA JUNIOR, Benjamin. Literatura, História e Política: Literaturas de língua portuguesa no século XX. SP: Ateliê, 2007.
BASTIDE, R. Estudos afro-brasileiros. São Paulo, Perspectiva, 1973.
BERND, Z. Negritude e literatura na América Latina. Porto Alegre, Mercado Aberto,
1987.
BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.
BALZAC, Honoré de. “Z. Marcas”. In: BALZAC, Honoré de. A comédia humana. Estudos de costumes: cenas da vida política; cenas da vida militar. Orientação, introdução e notas de Paulo Rónai. São Paulo: Globo, 1991. v. 12.
BANAGGIA, Gabriel. As forças do jarê: religião de matriz africana da Chapada Diamantina. Rio de Janeiro: Garamond, 2015.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Rio de Janeiro, Editora da UERJ, Horizonte, 2012.
DUARTE, E. A. Literatura, política, identidades. Belo Horizonte, FALE / UFMG, 2005.
FANON, F. Os condenados da terra. 2. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1979.
FREYRE, G. Casa grande & senzala. Rio de Janeiro, José Olympio, 1961.
GLISSANT, Édouard. Poética da relação. Lisboa: Sextante, 2011.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista ciências sociais hoje, v. 2, n. 1, p. 223-244, 1984.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003.
HAIDER, Asad. Armadilha da identidade: raça e classe nos dias de hoje. São Paulo: Veneta, 2019.
IBGE EDUCA. Quilombolas. IBGE, 2022. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/22327-quilombolas.html. Acesso em: 28 out. 2024.
MEMMI, Alberto. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
SAID, Edward. O choque de definições. In: Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras: 2003.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
