SER E TEMPO NA RELAÇÃO DIALÓGICA DE SORÔCO, SUA MÃE, SUA FILHA DE GUIMARÃES ROSA E A CARTA DE MIA COUTO
Resumo
O presente artigo procura discutir as noções de SER e de TEMPO na relação
dialógica entre cultura e linguagem nos contos Sorôco, sua mãe, sua filha, de João Guimarães
Rosa e A Carta, de Mia Couto. É uma busca de análise comparativa na qual procuramos
identificar os elementos convergentes entre as duas obras. Metodologicamente fizemos uma
abordagem teórica a partir de Heidegger (1997), Bakthin (2000) e Said (1993). A abordagem
filosófica pautada na abordagem teórica e cultural possibilita a percepção de nuances nos
contos que apontam para diferentes vozes que se sobrepõe e ao estatismo da narrativa.
Conclui-se que, tanto Rosa, quanto Couto, mesmo separados, conseguiram imprimir um
caráter altamente filosófico em seus contos e trouxeram discussões importantes sobre a
relação do ser e do tempo presentes na literatura.
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Referências
BAKTIHN, Mikhail. Problemas da Poética de Dostoievski. Trad. Paulo Bezerra. Forense
Universitária. Rio de Janeiro. 1997
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. Trad. Paulo Bezerra. Hucitec. Campinas.
São Paulo. 2000
COUTO, Mia. A Carta. In: Contos Africanos. Disponível em:
. Acessado em 25/08/2012.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Hucitec. Campinas. 1997
PEIRCE, Charles S. Semiótica. Vozes. Petrópolis. Rio de Janeiro. 2000
ROSA, Guimarães. Sorôco, sua mãe, sua filha. In: _____. Primeiras estórias. 1ª ed. Especial.
- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. Nova Fronteira. São Paulo. 1993