Acidentes por animais peçonhentos na região serrana, Rio de Janeiro, Brasil / Accidents for venomous animals in the mountain region, Rio de Janeiro, Brazil / Accidentes com animales venenosos em la región serrana, Rio de Janeiro, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/25261010

Palavras-chave:

Bothrops, Sistemas de Informação em Saúde, Notificação, Aranhas

Resumo

Objetivo: realizar mapeamento epidemiológico sobre os acidentes por animais peçonhentos na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Método: estudo exploratório e quantitativo, em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, analisando os acidentes notificados entre os anos de 2007 a 2015 compreendidos nos municípios da região serrana do estado do Rio de Janeiro. Resultados: os acidentes mais notificados foram causados por serpentes, principalmente Bothrops, seguido dos acidentes por aranhas, e por escorpiões. Nova Friburgo foi o município onde ocorreu maior número de registros de acidentes (27,7%), mas ao analisar a incidência desses acidentes, Sumidouro teve um número de acidentes mais expressivo (6,3%). Na maior parte dos registros de acidentes por aranhas não foi possível identificar a espécie causadora. O mês com maior número de notificações foi dezembro e a parcela da população mais afetada pelos acidentes foi a masculina, na faixa etária entre 20 a 59 anos. Conclusão: os dados mostram que ainda existem falhas no fluxo de informação do SINAN, assim como falta de conhecimento pela população e da própria área médica sobre as espécies da região, principalmente relacionado às aranhas, sendo necessárias mais capacitações técnicas, material educativo e maiores estudos epidemiológicos regionais.

Biografia do Autor

Claudio Machado, Instituto Vital Brazil

Biológo. Doutor em Medicina Tropical pelo Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ). Chefe da Divisão de Herpetologia - Instituto Vital Brazil

Referências

Bochner R, Struchiner C J. Epidemiologia dos acidentes ofídicos nos últimos 100 anos no Brasil: uma revisão. Cad Saúde Pública. 2003; 19(1):7–16.

Cardoso JLC. Acidentes por Animais Peçonhentos na Coordenação de Zoonoses e Animais Peçonhentos – Comentários e Sugestões. Brasília: Ministério da Saúde; 1993.

Carvalho DM. Grandes sistemas nacionais de informação em saúde: revisão e discussão da situação atual. Inf epidemiol SUS. 1997; 6(4):7-46.

World Health Organization. List of neglected tropical diseases. 2018. [acesso em 2018 jan 25]. Disponível em: http://www.who.int/neglected_diseases/diseases/en/.

Cheung R, Machado C. Acidentes por animais peçonhentos na região dos lagos, Rio de Janeiro, Brasil. J Health NPEPS. 2017; 2(Supl.1):73-87.

Santa RT, Machado C. Análise epidemiológica dos acidentes ofídicos no município de Teresópolis – RJ no período de 2007 a 2010. Rev Ciênc Plur. 2016; 2(2):27-40.

Bernarde PS. Serpentes peçonhentas e acidentes ofídicos no Brasil. São Paulo: Anolis Books; 2014.

Oliveira FA, Guimarães JV, Reis MA, Teixeira VPA. Acidente humano por picadas de abelhas africanizadas. Rev Soc Bras Med Trop. 2000; 33(4):403-5.

Bredt CS, Litchteneker K. Avaliação Clínica e Epidemiológica dos acidentes com animais peçonhentos atendidos no Hospital Universitário do Oeste do Paraná 2008-2012. Rev Med Res. 2014; 16(1):11–7

World Health Organization. Progress in the caracterization of venoms and standardization of antivenoms. Who off-set Publication. Genebra: WHO; 1981.

Ministério da Saúde (BR). Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes ofídicos. Normas e manuais técnicos. Brasília: Ministério da Saúde; 1991.

Sarwl RH. Principais serpentes de interesse médico. Reconhecimento. Distribuição geográfica no continente americano. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu; 1990.

Machado C, Bochner R, Fiszon J. Epidemiological profile of snakebites in Rio de Janeiro, Brazil, 2001-2006. J venom anim toxins incl trop dis. 2012; 18(2): 217-24.

Machado C, Lemos ERS. Ofidismo no estado do Rio de janeiro, Brasil (2007 - 2013). Rev Eletrônica Estácio Saúde. 2016; 5(1): 1-12.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. [acesso em 2018 jan.3]. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br.

Bouhid ARG, Marques VS, Pinheiro FMA, Feraudo AS. Identificação de regiões pluviometricamente homogêneas no Estado do Rio de Janeiro, utilizando-se valores mensais. Rev Bras Meteorol. 2008; 23(4): 501-509.

Geoponto. Rio de Janeiro; 2013. [acesso em 2018 jan.3]. Disponível em: http://pibidgeouff.blogspot.com.br/2013/10/regioes-de-governo-do-estado-do-rio-de.html.

Brasil. Portal da Saúde. Protocolo clínico para acidentes por aranha do gênero Phoneutria “aranha armadeira”. 2014. [acesso em 2018 jan.5]. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/13/Protocolo-cl--nico---Acidente-por-aranha-do-g--nero-Phoneutria.pdf

Bister S, Ford RB. Manual de procedimentos veterinários e tratamento de emergência. 6a ed. São Paulo: Roca; 1996.

Ettinger SJ, Feldman EC. Medicina Interna Veterinária. 4a ed. São Paulo: Manole; 1997.

Fonseca MC, Pires RC. Procedimentos de primeiros socorros para cães. Campinas: IDB; 2005.

Terças ACP, Vivi VK, Lemos ERS. Aspectos epidemiológicos dos acidentes por picada de abelha africana. J Health NPEPS. 2017; 2(Supl.1):58-72.

Brasil. Portal de notícias do Governo Federal. [acesso em 2018 jan.8]. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/governo/2010/07/brasil-tera-primeiro-soro-contra-veneno-de-abelha-do-mundo.

Downloads

Publicado

2018-06-01

Como Citar

Vieira, G. P. S., & Machado, C. (2018). Acidentes por animais peçonhentos na região serrana, Rio de Janeiro, Brasil / Accidents for venomous animals in the mountain region, Rio de Janeiro, Brazil / Accidentes com animales venenosos em la región serrana, Rio de Janeiro, Brasil. Journal Health NPEPS, 3(1), 211–227. https://doi.org/10.30681/25261010

Edição

Seção

Artigo Original/ Original Article/ Artículo Originale

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)