OLAVO BILAC E A VELHICE:

ENUNCIAÇÃO SOB VERSOS PARNASIANOS

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DOI:

https://doi.org/10.30681/real.v15.6315

Palavras-chave:

Semiótica Discursiva, Discurso Literário, Olavo Bilac, Enunciação

Resumo

Este artigo se desenvolve no intuito de promover um exercício analítico semiótico sobre enunciação e discurso literário. Nesse sentido, os objetos estipulados para análise foram os poemas A velhice (2019) e As Velhas Árvores (2001) de Olavo Bilac. A escolha dos poemas se deu de maneira parcialmente arbitrária, observando alguma possível singularidade na temática entre ambos. O aparato teórico-metodológico da análise é o da semiótica discursiva, mais especificamente, a partir dos alicerces do nível discursivo do percurso gerativo de sentido (GREIMAS, 1966). As leituras norteadoras para a pesquisa foram as obras de Bertrand (2013) e Fiorin (2000, 2011). Com a análise foi possível observar a maneira pelas quais os dois textos-poemas se utilizam para construir seus sentidos associados à mesma temática. Por exemplo, o primeiro poema, A velhice (2019), por meio das instâncias actanciais, temporais e espaciais ressoam efeitos de sentidos de proximidade com o enunciatário, na tentativa de se aproximar da realidade; enquanto o As Velhas Árvores (2001), por meio de seus temas e figuras evidenciadas pela presença de Comparação e Personificação, constroem também o cenário enunciativo à temática da velhice.

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Biografia do Autor

Renan Ramires de Azevedo, UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Graduando em Letras Licenciatura - Habilitação em Português/Espanhol, pela Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Referências

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Publicado

2023-09-03

Como Citar

Azevedo, R. R. de. (2023). OLAVO BILAC E A VELHICE:: ENUNCIAÇÃO SOB VERSOS PARNASIANOS. Revista De Estudos Acadêmicos De Letras, 16(01). https://doi.org/10.30681/real.v15.6315