ENTRE ANIMAL E MÁQUINA: A DESUMANIZAÇÃO DA VIDA

Autores

  • Sandra Aparecida Jorge Gindri

Resumo

Fortemente marcada pela denúncia de desigualdades sociais e culturais vigentes no país, a prosa brasileira de 1930 colocou em evidência, o marginalizado, representado nas figuras de retirantes, sertanejos, trabalhadores rurais, desempregados, prostitutas e miseráveis em geral.  Nesse contexto, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, desnudou o drama social que assolava o nordeste brasileiro. Narrada em 3ª pessoa, a obra revela o cotidiano de uma família de retirantes que procura fugir da seca do sertão nordestino. A miséria, a fome, a exploração e a falta de perspectivas corroboram para a desumanização das personagens no romance de Graciliano Ramos, assim como na obra Gaibéus de Alves Redol. Escrita em 1939, Gaibéus inaugura o neorrealismo em Portugal e desnuda as desigualdades socioeconômicas e a exploração do homem pelo homem. Com base nos preceitos da literatura comparada, o presente artigo procura traçar um paralelo entre as obras de Graciliano Ramos e Alves Redol a partir dessa relação de exploração, miséria, ausência de dignidade e redução da vida humana a coisa, a bicho, a máquina, de forma a identificar, no processo narrativo, como as escolhas e perspectivas eleitas pelos narradores, determinaram a construção desses sentidos.

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Publicado

2016-04-11

Como Citar

Gindri, S. A. J. (2016). ENTRE ANIMAL E MÁQUINA: A DESUMANIZAÇÃO DA VIDA. Revista Athena, 9(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/1211

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS