ESPERANÇA E LIBERTAÇÃO: INTERFACES DE UMA UTOPIA NA/PELA POESIA DE AGOSTINHO NETO E PEDRO CASALDÁLIGA

Autores

  • Edson Flávio Santos PPGEL/Unemat

Resumo

Todo o processo de aculturação cometido em alguns países africanos vai encontrar uma relação
semelhante ao acontecido no Brasil, impondo, assim, um modelo cultural europeu que vai sobrepor-
se ao modo “crioulo” de ser. Porém tanto nos países africanos de independência recente, como
no Brasil, houve movimentos que revitalizaram a “crioulidade” da nação, ativando nesses países uma
abertura cultural muito segura de si. Diante disso, digo que as literaturas, africana e brasileira, estarão
intimamente ligadas, a priori, pela língua, mas acima de tudo pelas diversas semelhanças e diferenças
presentes na constituição das respectivas nações, fato esse que vai influenciar nas produções literárias
de seus autores. Postas estas reflexões acerca da formação destas nações e por certo das literaturas de
língua portuguesa, o presente trabalho se propõe, numa perspectiva dos estudos de literatura comparada,
realizar um estudo inicial, de aproximação, sobre a interface poética de Pedro Casaldáliga (Mato Grosso
– Brasil) e Agostinho Neto (Angola – África), revelando um engajamento social expresso numa poesia
utópica e libertária.

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Referências

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do autor.

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Publicado

2018-04-29

Como Citar

Santos, E. F. (2018). ESPERANÇA E LIBERTAÇÃO: INTERFACES DE UMA UTOPIA NA/PELA POESIA DE AGOSTINHO NETO E PEDRO CASALDÁLIGA. Revista Athena, 4(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/204

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS