PAIXÃO, ÊXTASE E DELÍRIO: O EROTISMO NO ROMANCE MADAME BOVARY, DE GUSTAVE FLAUBERT

Autores

  • Natália Marques da Silva UNEMAT

Resumo

O romance, considerado um dos gêneros que estilhaçou a sua própria medida, inaugurou uma nova estética de se fazer e também de se pensar a literatura. Partindo-se dessa premissa, o presente artigo trata de tecer percepções acerca do romance enquanto gênero literário que rompeu com determinadas tradições e, deste modo, averiguar o modo como o tema do erotismo se encontra configurado na obra Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert. Posto isto, apoia-se tanto nos estudos de Ian Watt (1990) e Mikhail Bakhtin (2002), para abordar alguns elementos que configuram o gênero romanesco, como nos de Georges Bataille (2017) e Mario Vargas Llosa (1979), a fim de se compreender como o erótico e o desejo pela volúpia dos sentidos se manifestam na configuração da personagem Emma Bovary.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Natália Marques da Silva, UNEMAT

Mestranda em Estudos Literários na Universidade do Estado de Mato Grosso, PPGEL – UNEMAT, campus de Tangará da Serra. Bolsista CAPES.

Referências

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Moderna, 1999.

AUSTEN, Jane. Orgulho e preconceito. Trad.: Lúcio Cardoso. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

BAKHTIN, Mikhail. Epos e romance (sobre a metodologia do estudo do romance). In: Questões de literatura e estética: a teoria do romance. Trad.: Bernadini, Aurora F. et al. São Paulo, 2002.

___________. A personagem. In: Problemas da poética de Dostoiévski. Trad.: Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.

BATAILLE, Georges. O erotismo. Trad.: Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autentica, 2017.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. Trad.: Sergio Milliet. SãoPaulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BENJAMIN, Walter. Ensaios reunidos: escritos sobre Goethe. Trad.: Mônica Krausz Bornebusch, Irene Aron e Sidney Camargo. São Paulo: Editora 34, 2009.

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha. Trad.: Viscondes de Castilho e Azevedo. São Paulo: Nova Cultural, 2002.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor M. Memórias do Subsolo. Trad.: Boris Schnaiderman. São Paulo: Editora 34, 2000.

FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary: costumes da província. Trad.: Mario Laranjeira. São Paulo: Penguin, 2011.

GOETHE, Johann Wolfgang Von. As afinidades eletivas. Trad.: Erlon José Paschoal. São Paulo: Nova Alexandria, 2008

HOMERO. Ilíada. Trad.: Manuel Odorico Mendes. São Paulo: Abril, 1978.

LLOSA, Mario Vargas. A orgia perpétua: Flaubert e Madame Bovary. Trad.: Remy Gorga. Rio de Janeiro: F. Alves, 1979.

MELLO, Renata Aiala. Flaubert, Madame Bovary e Emma Bovary: ecos de ethos. Dissertação (Mestrado em Linguística). Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2012.

ROSENFELD, Anatol. Reflexões sobre o romance moderno. In: Texto/Contexto. São Paulo: Perspectiva, 1973.

TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Trad.: Caio Meira. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

WATT, Ian. O realismo e a forma do romance. In: A ascenção do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. Trad.: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das letras, 1990.

________. Mitos do individualismo moderno: Fausto, Dom Quixote, Dom Juan, Robinson Crusoé. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

Downloads

Publicado

2019-04-19

Como Citar

Silva, N. M. da. (2019). PAIXÃO, ÊXTASE E DELÍRIO: O EROTISMO NO ROMANCE MADAME BOVARY, DE GUSTAVE FLAUBERT. Revista Athena, 15(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/3497

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS