“SEMPRE DE ALGUMA COISA TEMOS MEDO”: OS INTERSTÍCIOS DE SENTIDO NO CONTO GESTALT, DE HILDA HILST / “WE ARE ALWAYS AFRAID OF SOMETHING”: MEANING INTERSTICES IN THE SHORT STORY GESTALT, BY HILDA HILST

Autores

  • Luan Paredes Almeida Alves UNEMAT
  • Walnice Aparecida Matos Vilalva UNEMAT

Resumo

Este artigo tem por finalidade analisar o conto Gestalt, de Hilda Hilst. Polissêmica e de intenso caráter reflexivo, essa narrativa traz em seu bojo dois personagens aparentemente antitéticos, um porco e um homem, que, após dividirem o mesmo espaço, acabam ressignificando as suas próprias individualidades. Nesse sentido, os atributos diametralmente opostos de Isaiah, o protagonista, e Hilde, a porca, convergem no final do conto para que eles, que num primeiro momento estavam numa posição de estranhamento, alcancem efetivamente a felicidade plena. Nossa hipótese parte da ideia de que os vazios do texto podem ser compreendidos à medida que percebemos os indícios ambíguos deixados pelo narrador como um indicativo para problematizar a identidade de gênero da personagem central.

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Biografia do Autor

Luan Paredes Almeida Alves, UNEMAT

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários, da Universidade do Estado de Mato Grosso (PPGEL/UNEMAT), sob a orientação da Profa. Dra. Walnice Vilalva.

Walnice Aparecida Matos Vilalva, UNEMAT

Professora permanente no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UNEMAT.

Referências

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Publicado

2021-06-24

Como Citar

Alves, L. P. A., & Vilalva, W. A. M. (2021). “SEMPRE DE ALGUMA COISA TEMOS MEDO”: OS INTERSTÍCIOS DE SENTIDO NO CONTO GESTALT, DE HILDA HILST / “WE ARE ALWAYS AFRAID OF SOMETHING”: MEANING INTERSTICES IN THE SHORT STORY GESTALT, BY HILDA HILST. Revista Athena, 19(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/5236

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS