ENTRE A CRUZ E A ESPADA, O DESLOCADO

Autores

  • Aline Alves de Carvalho UFRJ

Resumo

Este artigo propõe-se a expor a forma como a obra de Florbela Espanca é recebida pelo público
e pelos seus críticos, que se dividem entre aqueles que combatem a imoralidade presente nos textos
de Florbela e os defensores da poetisa que se entusiasmam com a poesia dissociando-a da pessoa histórica
de Florbela, constrangidos por sua vida sexualmente livre. Em razão disso, Florbela será apresentada
como uma figura mistificada, presa a uma aura de polêmica, e desapropriada de sua personalidade
transgressora, rebelde e afirmadora da condição feminina e da sexualidade. O fenômeno Florbela Espanca
será, aqui, entendido como a obra literária subversiva, cujo discurso realiza a crítica à sociedade
patriarcal, mas que é lamentavelmente apropriado pelo poder e pelo moralismo.

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Referências

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SARAMAGO, José. O ano da morte de Ricardo Reis. São Paulo: Companhia das Letras,

Idem, p. 37.Data de aceite do texto: 03/06/2013. O conteúdo deste texto é de inteira responsabilidade

da autora.

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Publicado

2018-04-29

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS