PIXO: TRADUÇÃO, INTRADUZIBILIDADE E POTÊNCIA NA COMUNICAÇÃO /PIXO: TRANSLATION, UNTRANSLATABILITY AND POWER IN COMMUNICATION

Autores

Palavras-chave:

Pixo, Intraduzibilidade, Artes, Potência

Resumo

O presente artigo aborda as tensões acionadas pelas tentativas de traduzir a pichação para o contexto institucionalizado das artes, em galerias e museus. Partimos do pressuposto de que as relações de diferença existentes nos processos tradutórios (intraduzibilidades) oferecem experiências comunicacionais de mudança, que ampliam percepções éticas e estéticas. Pela Semiótica da Cultura, trataremos dos conceitos de semiosfera e fronteira semiótica, somados à equivocidade do perspectivismo ameríndio, para demonstrar as tensões colocadas pela tradução do pixo nos espaços institucionais da arte. Ao final, sugerimos o intraduzível como potência de um experimento comunicacional capaz de liberar outras realidades.

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Biografia do Autor

Gabriela Ismerim Lacerda, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo e é mestra pelo Programa de Literatura Brasileira da mesma instituição. Atualmente é docente do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e em Estudos Literários.

Nilton Faria de Carvalho, Universidade de São Paulo

Pós-doutorando em Comunicação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Doutor em Comunicação pelo Programa dePós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Mestre em Comunicação pelaUniversidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e graduado em Jornalismo pela mesma instituição. 

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

Ismerim Lacerda, G., & Faria de Carvalho, N. (2023). PIXO: TRADUÇÃO, INTRADUZIBILIDADE E POTÊNCIA NA COMUNICAÇÃO /PIXO: TRANSLATION, UNTRANSLATABILITY AND POWER IN COMMUNICATION. Revista ECOS, 35(02), 255–272. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/11249

Edição

Seção

LINGUÍSTICA