Parasitose gastrointestinal e valor do hematócrito em fêmeas ovinas alimentadas com diferentes níveis de proteína bruta

Autores

  • Francisco de Assis Fonseca de Macedo
  • Fábio José Lorenço
  • Graziela Aparecida Santello
  • Elias Nunes Martins
  • Gentil Vanini de Moraes
  • Alexandre Agostinho Mexia
  • Natália Holtz Alves Pedroso Mora

DOI:

https://doi.org/10.5327/rcaa.v13i2.1185

Palavras-chave:

anemia, Haemonchus contortus, ovinos, parasita

Resumo

Avaliou-se o comportamento parasitológico de fêmeas ovinas alimentadas com diferentes níveis de proteína bruta, através do valor do hematócrito e contagem de ovos por grama de fezes (OPG) na identificação de animais parasitados. Foram utilizadas 47 fêmeas ovinas das raças Santa Inês, Texel e Ile de France, com idades entre oito e 12 meses, vermifugados 30 dias antes das primeiras colheitas de dados, realizadas quinzenalmente. Dentro de cada raça, os animais foram distribuídos em dois tratamentos, diferidos em 12% ou 16% de proteína bruta total na dieta. Obteve-se, laboratorialmente, o valor do hematócrito de cada animal e a quantidade OPG. O valor do hematócrito mostrou uma variação (28,5 a 34,0) ao longo do período experimental, decorrente da variação (800 a 5.400) dos valores de OPG. Não foram identificadas diferenças para OPG e hematócrito entre os níveis 12 e 16% de PB. Recomendação de dieta com 12% de proteína bruta, por inferir custo comercial menor na ração.

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Publicado

2016-04-09

Como Citar

Macedo, F. de A. F. de, Lorenço, F. J., Santello, G. A., Martins, E. N., Moraes, G. V. de, Mexia, A. A., & Mora, N. H. A. P. (2016). Parasitose gastrointestinal e valor do hematócrito em fêmeas ovinas alimentadas com diferentes níveis de proteína bruta. Revista De Ciências Agro-Ambientais, 13(2). https://doi.org/10.5327/rcaa.v13i2.1185

Edição

Seção

Zootecnia

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