Avaliação da aplicação foliar de potássio no controle da antracnose da soja
DOI:
https://doi.org/10.30681/rcaa.v23i2.13910Palabras clave:
Colletotrichum spp., indução de resistência, manejo fitossanitário, Glycine maxResumen
O manejo de doenças é essencial à produtividade agrícola. O objetivo desse estudo foi avaliar a utilização de potássio aplicado via foliar no controle da antracnose da soja. O experimento foi realizado na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, unidade de Aquidauana, no laboratório de Fitossanidade (Fitossan-AQ), em casa de vegetação. Utilizou-se as cultivares Nidera NS 6700 IPRO e Monsoy M6410 IPRO. Foram utilizados os indutores K₂SiO₃ e KCl nas cinco doses: 0; 1,31; 2,62; 5,24 e 10,48 g L-¹ de K₂O. O isolado de C. truncatum foi obtido de plantas de soja na safra 2020/2021 em Aquidauana e cultivado em meio BDA. A inoculação foi realizada 24 horas após a aplicação dos indutores, no estádio vegetativo V3, com suspensão de esporos 1,6 x 10⁶ conídios mL-¹, aplicada na face adaxial do segundo trifólio. Foram avaliadas a fitotoxicidade aos 7 dias, notas de severidade aos 7 e 12 dias e área da doença aos 12 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial (2x2x5), com 20 tratamentos e 5 repetições. As variáveis fitotoxicidade e notas de severidade foram analisadas utilizando Kruskal-Wallis e Dunn 5%. A área da doença foi submetida a uma ANOVA, com interação significativa sendo realizado ajustes de regressões polinomiais. A maior fitotoxicidade foi registrada com o indutor na dose de 10,48 g L-¹ de K₂O, com nota 5 para K₂SiO₃ e nota 4,8 no KCL. As menores notas de severidade aos 7 dias foram constatadas utilizando K₂SiO₃ nas doses de 1,31 e 2,62 g L-¹ de K₂O na MS6410 IPRO notas 1,4 e 1,0 respectivamente e em NS 6700 IPRO na dose 1,31 g L-¹ de K₂O, nota 2,2. Aos 12 dias, a maior fitotoxicidade manteve-se nas doses mais altas, enquanto as menores notas de severidade foram constatadas nas doses 1,31 e 2,62 g L-¹ de K₂O. Na avaliação da área da doença na cultivar M6410 IPRO, as doses ideais foram 1,31 g L-¹ de K₂O de KCl com 5,67% de severidade e 2,64 g L-¹ de K₂O no K₂SiO₃ com severidade de 12,76%. Na NS 6700 IPRO, as mesmas doses resultaram em severidades de 6,5% no KCl e 9,2% em K₂SiO₃. Conclui-se que os indutores são capazes induzir a resistência nas doses mais eficientes no controle da antracnose para ambos os indutores são de 1,31 a 2,62 g L-¹ de K₂O, esses valores também estão associados a menor fitotoxicidade nas plantas de soja.
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