Por que as tartarugas não termorregulam na praia? Ecologia térmica de quelônios (Testudines) (Podocnemis unifilis e Phrynops geoffroanus) do rio Kuluene
DOI:
https://doi.org/10.5327/rcaa.v15i2.2055Palavras-chave:
ecofisiologia, assoalhamento, AmazôniaResumo
a temperatura ambiental afeta a temperatura corporal e consequentemente o comportamento dos animais ectotérmicos. Os quelônios são animais que apresentam mecanismo de termorregulação e, portanto, estreita dependência com o ambiente. Assim buscamos analisar a temperatura preferencial dos quelônios do rio Kuluene e como a temperatura influencia na escolha dos sítios de termorregulação. Para tanto, desenvolvemos um experimento controlado com indivíduos de duas espécies de quelônios e medimos, por meio de modelo que simulavam os padrões corporais dos animais, suas prováveis temperaturas em quatro potenciais ambientes para termorregulação. As análises estatísticas (Anova e regressão) nos mostraram que as espécies analisadas apresentam uma faixa térmica preferida (entre 24.31º C e 30.61º C) e que os ambientes com temperaturas mais adequadas para termorregulação são: os troncos e a vegetação, sendo que a praia foi o menos adequado devido à amplitude térmica. O barranco se mostrou como o ambiente onde os valores térmicos mais se aproximam da real temperatura corporal dos quelônios, porem oferece mais riscos de predação. A escolha dos sítios para termorregulação tem maior influência da temperatura, porem esta não é a única variável que influencia na seleção.Downloads
Referências
BÉRNILS, R. S. & COSTA, H. C. Répteis brasileiros: Lista de espécies. Versão 2012.2. Disponível em: http://www.sbherpetologia.org.br/. Acesso em: 15 de agosto de 2015.
CARNEIRO, C. C. Influência do ambiente de nidificação sobre a taxa de eclosão, a duração da incubação e a determinação sexual em Podocnemis (reptilia, podocnemididae) noTtabuleiro do Embaubal Rio Xingu, Pará. Dissertação. Belém, 2012.
HUEY, R. B. Temperrature, physiology and the ecology of reptiles. pp. 25-91. In: GANS, C. & POUGH, F. A. (eds). Biology of the reptilian, vol.12. Physicological Ecology. Academic Press, New York. 536. 1982.
MARTINS, M. & MOLINA, F. B. 2008. Panorama Geral dos Repteis Ameaçados do Brasil. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. MMA e Fundação Biodiversitas, Brasília e Belo Horizonte, 2008.
MEDEM, F., Informe sobre reptiles colombianos. (V) Observaciones sobre la distribucion geografica y ecologia de la tortuga Phrynops geoffroana 1Sp. en Colombia. Novedades Colombianas, v.1, n.5, pp. 291-300. 1960.
POUGH, F. H. Amphibians and reptiles as low-energy systems. pp.141-188. In: ASPEY, E. P. & LUSTICK, S. I. (eds.). Behavioral Energetics: The Cost of Survival in Invertebrates. Ohio State University Press, Columbus. 300 p. 1983,
POUGH, F. H; HEISER, J. B.; Mc FARLAND, W. N. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 1993.
PRITCHARD, P. C. H., & TREBBAU, P. The Turtles of Venezuela. Society for the Study of Amphibians and Reptiles, Oxford. 403 p.1984.
ROCHA, C. F. D.; SLUYS, M. V.; VRCIBRADIC, D.; KIEFER, M. C. MENEZES, V. A.; SIQUEIRA, C. C. Comportamento de termorregulação em lagartos brasileiros. Oecologia Brasiliensis. v. 13, n. 1. pp. 115-131, 2009.
SOUZA, F.L. Uma revisão sobre padrões de atividade, reprodução e alimentação de cágados brasileiros (Testudines, Chelidae). Phyllomedusa, v. 3, n. 1, p. 15-27, 2004.
TORRES, R. S. Adaptações evolutivas: aspectos comportamentais, mecanismos de defesa e predação em répteis. Monografia. 72 f. UFRS. Porto Alegre, 2012.
VOGT, R. C.; MOREIRA, G. M.; DUARTE, A. C. O. C. Biodiversidade de répteis do bioma floresta Amazônica e ações prioritárias para sua conservação. In: CAPOBIANCO, J. P. R.; VERÍSSIMO, A.; MOREIRA, A.; SAWYER, D.; SANTOS, I.; PINTO, L. P. Biodiversidade na Amazônia brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios. São Paulo: InstitutoSocioambiental, p. 89-96. 2001.
ZIMMERMAN, L.C. & TRACY, C.R. Interactions between the environment and ectothermy and herbivory in reptiles. Physiological Zoology, v.62, p.374-409, 1989.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Carmino Emidio Júnior, Amauri de Castro Barrada
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY NC ND 4.0)
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
A obra Revista de Ciências Agroambientais (ISSN 1677-6062) está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.