Podridão de escleródio em espécies florestais
DOI:
https://doi.org/10.5327/rcaa.v18i2.3727Palavras-chave:
árvores nativas, Cerrado-Pantanal, podridão de raiz, Sclerotium rolfsii Sacc.Resumo
O fungo Sclerotium rolfsii é um parasita que causa podridão na base do caule, em uma ampla gama de hospedeiros, que abrange aproximadamente 500 espécies botânicas. O objetivo deste trabalho foi analisar espécies florestais inoculadas ou não com o patógeno Sclerotium rolfsii para identificar quais espécies são resistentes. O fungo foi isolado de plantas de feijoeiro infectado e multiplicado em grãos de arroz. A inoculação foi realizada em mudas com 3 meses de idade, quando foi aplicado 5,6 g de arroz colonizado a 1 cm do coleto de cada planta das espécies: Acacia mangium, Albizia niopoides, Anadenanthera peregrina, Cordia glabrata, Corymbia citriodora, Eucalyptus urograndis, Jacaranda cuspidifolia, Myracroduon urundeuva e Peltophorum dubium. Os parâmetros avaliados foram: altura, massa seca da parte aérea, massa seca da raiz e sobrevivência das plantas. Jacaranda cuspidifolia teve a maior diferença entre as médias da altura em relação às outras espécies, com redução de 37%, seguido de Acacia mangium com 31% e Myracroduon urundeuva com 21%. As mudas de Cordia glabrata, Jacaranda cuspidifolia e Acacia mangium diferem estatisticamente entre as médias de massa seca da parte aérea das inoculadas ou não, com redução de 87%, 72% e 55% respectivamente. A redução da massa das raízes variou de 33 a 88% nas espécies suscetíveis. As espécies de Peltophorum dubium, Anadenanthera peregrina, Albizia niopoides, Eucalyptus urograndis e Corymbia citriodora foram resistentes à ação Sclerotium rolfsii podendo ser utilizadas para recuperação de áreas contaminadas pelo patógeno.
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