Líquido cefalorraquidiano – o que o anestesista deve saber

Autores

  • Gabriel Cangussu Fonseca Médico Anestesiologista, residência médica em Anestesiologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG – Brasil e Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
  • Tiago Caneu Rossi Médico especializando em Anestesiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG – Brasil.

Resumo

A punção lombar é procedimento feito desde 1881 e é o principal meio de manipulação do espaço subaracnóideo e do líquido cefalorraquidiano (LCR), sendo a única forma utilizada na prática anestésica para alcançar a interrupção temporária da transmissão dos impulsos nervosos oriundos da medula, através da injeção de anestésicos locais apropriados (raquianestesia). Devido à grande frequência com que essa técnica anestésica é realizada, não é incomum o profissional se deparar com o refluxo de líquor de aspecto não habitual, ou seja, diferente do aspecto de “água de rocha”. Quando tal situação ocorre, na maioria das vezes se impõe certo temor ao anestesiologista diante de uma possível patologia desconhecida e das possíveis causas dessa anormalidade, que eventualmente podem conferir contraindicação à técnica anestésica proposta. Este trabalho de revisão tem como objetivo relatar os novos conhecimentos em relação a fisiologia do LCR e descrever os aspectos do LCR que podem ser obtidos durante uma punção raquidiana.

Palavras-chave: Líquido Cefalorraquidiano; Anestesiologia; Punção Espinal.

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Publicado

2017-11-30

Como Citar

Fonseca, G. C., & Rossi, T. C. (2017). Líquido cefalorraquidiano – o que o anestesista deve saber. Revista Ciência E Estudos Acadêmicos De Medicina, 1(07). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/3087

Edição

Seção

Artigos