IMPACTO DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS NA BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: ANÁLISE DO PERÍODO DE 2010 A 2020
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Resumo
A força que o agronegócio desempenha na economia brasileira já foi motivo de diversos estudos, e uma forma de provar essa importância é por meio da análise da balança comercial do setor, o qual é responsável por grande entrada de capitais para o país. Nesse sentido, este estudo busca verificar as transações econômicas brasileiras e analisar, a partir do período de 2010 a 2020, os impactos que as variáveis macroeconômicas renda interna, renda externa, taxa de câmbio e termos de troca apresentam sobre o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro. Em uma primeira análise dos dados, foi possível verificar que a maior parte da produção do setor brasileiro é escoada para a China, com destaque para grãos como a soja, assim como a carne; em contrapartida, o país tem uma forte importação de produtos agrícolas da Argentina, com destaque para os cereais. Ao analisar os resultados obtidos por meio do modelo econométrico do VAR e VEC, com relação aos impactos das variáveis no saldo, foi possível verificar que um efeito positivo do aumento da renda interna, bem como da renda externa e da taxa de câmbio, ou seja, variações positivas nas rendas, e uma desvalorização cambial, resultam em melhores saldos para a balança comercial do agronegócio brasileiro no período de análise. Além disso, foi possível verificar, por meio do teste de causalidade de Granger, que as duas variáveis de renda possuem papel de causalidade bidirecional com o saldo, resultando em um modelo mais ajustado. Por fim, analisou-se a decomposição da variância do erro, em que foi possível averiguar que no 12º mês, a variância do saldo da balança é explicada em 45,7% por ele mesmo, 20,89% pela renda externa, e 17,36% pela renda interna.
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