AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA E A INFORMATIVIDADE DOS LUCROS

Barra lateral de artigos

PDF
Publicado: Oct 23, 2020
DOI: https://doi.org/10.30681/ruc.v9i17.3302

Conteúdo do artigo principal

Antonio Lopo Martinez
Universidade de Coimbra
Eduardo Augusto Viana Duarte
Fucape Business School

Resumo

O presente estudo investiga a associação entre a agressividade tributária e a informatividade dos lucros, está compreendida como a capacidade do lucro influenciar no preço da ação no mercado brasileiro. Metodologicamente, foram feitos testes utilizando um modelo de regressão preço-lucro, que mensura a informatividade dos lucros através do ERC (coeficiente de resposta dos lucros) de 2005 a 2016 com um total de 1879 observações. Resultados indicam que empresas mais agressivas tributariamente, medidas pelo ETR (taxa efetiva de tributação), apresentam ERC negativos ou mais baixos e empresas menos agressivas apresentaram ERC positivos ou mais altos. Essa pesquisa tem como contribuição, evidenciar um tipo de custo não tributário associado com a agressividade fiscal, materializado em menor informatividade dos lucros, sendo esta uma dimensão da qualidade dos lucros. Esses achados são relevantes para usuários externos, deixando explicito que quando uma empresa adota uma postura que desvia da padrão normal de agressividade tributária, isso afeta diretamente o grau de informatividade dos lucros no Brasil. 

Detalhes do artigo

Como Citar
AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA E A INFORMATIVIDADE DOS LUCROS. (2020). Revista UNEMAT De Contabilidade, 9(17). https://doi.org/10.30681/ruc.v9i17.3302
Edição
v. 9 n. 17 (2020)
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Antonio Lopo Martinez, Universidade de Coimbra

Doutorando em Direito (Universidade de Coimbra / Universidad de Salamanca). Doutor em Contabilidade pela FEA/USP. Master in Business Administration in Universidade da California - Berkeley.

Eduardo Augusto Viana Duarte, Fucape Business School

Mestrado em Contabilidade pela Fucape Business School

Como Citar

AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA E A INFORMATIVIDADE DOS LUCROS. (2020). Revista UNEMAT De Contabilidade, 9(17). https://doi.org/10.30681/ruc.v9i17.3302

Referências

Balakrishnan, K., Blouin, J. L., & Guay, W. R. (2012). Does tax aggressiveness reduce corporate transparency?.Working paper, University of Pennsylvania, 2012.

Ball, R., & Brown, P. (1968). An empirical evaluation of accounting income numbers. Journal of accounting research, 6(2), 59-178.

Barth, M. (2010). International accounting standards and accounting quality. Working Paper.

Chen, S., Chen, X., Cheng, Q., & Shevlin, T. (2010). Are family firms more tax aggressive than non-family firms?. Journal of Financial Economics, 95(1), 41-61.

Collins, D. W., & Kothari, S. P. (1989). An analysis of intertemporal and cross-sectional determinants of earnings response coefficients. Journal of accounting and economics, 11(1), 143-181.

Dechow, P., Ge, W., & Schrand, C. (2010). Understanding earnings quality: A review of the proxies, their determinants and their consequences. Journal of accounting and economics, 50(2-3), 344-401.

Desai, H., Hogan, C. E., & Wilkins, M. S. (2006). The reputational penalty for aggressive accounting: Earnings restatements and management turnover. The Accounting Review, 81(1), 83-112.

Desai, M. A., & Dharmapala, D. (2009). Corporate tax avoidance and high-powered incentives. Journal of Financial Economics, 91(3), 537-546.

Dhaliwal, D. S., Lee, K. J., & Fargher, N. L. (1991). The association between unexpected earnings and abnormal security returns in the presence of financial leverage. Contemporary Accounting Research, 8(1), 20-41.

Dunbar, A., Higgins, D., Phillips, J., & Plesko, G. (2010). What do measures of tax aggressiveness measure. In Proceedings of the National Tax Association Annual Conference on Taxation (pp. 18-26).

Gallemore, J., Maydew, E., & Thornock, J. (2012). The reputational costs of tax avoidance and the under-sheltering puzzle. Working Paper, University of North Carolina, University of Washington.

Hanlon, M., & Heitzman, S. (2010). A review of tax research. Journal of Accounting and Economics, 50(2), 127-178.

Holthausen, R. W., & Verrecchia, R. E. (1988). The effect of sequential information releases on the variance of price changes in an intertemporal multi-asset market. Journal of Accounting Research, 26(1), 82-106.

Hoopes, J. L., Mescall, D., & Pittman, J. A. (2012). Do IRS audits deter corporate tax avoidance? The Accounting Review, 87(5), 1603-1639.

Hope, O. K., Yiqiang. J., & Tony, K. (2005). Empirical evidence on jurisdictions that adopt IFRS. Journal of International Accounting Research, (5), 1-20.

Kubata, A., Lietz, G. M., & Watrin, C. (2013). Does Corporate Tax Avoidance Impair Earnings Informativeness?. Working paper, Munster School of Business and Economics. Institute Of Accounting and Taxation.

Lietz, G. M. (2013). Tax avoidance vs. tax aggressiveness: A unifying conceptual framework. Working Paper, University of Münster.

Lisowsky, P., Robinson, L., & Schmidt, A. (2013). Do publicly disclosed tax reserves tell us about privately disclosed tax shelter activity?. Journal of Accounting Research, 51(3), 583-629.

Martinez, A. L., & Dalfior, M. D. (2016). Agressividade Fiscal entre Companhias Controladoras e Controladas. Revista da Receita Federal: estudos tributários e aduaneiros, 2(1), 344-362.

Martinez, A. L. (2017). Tax aggressiveness: a literature survey. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade 11 : 104–21.

Scholes, M. S., Wilson, G. P., & Wolfson, M. A. (1990). Tax planning, regulatory capital planning, and financial reporting strategy for commercial banks. The Review of Financial Studies, 3(4), 625-650.

Scholes, M., Wolfson, M., Erickson, M., Maydew, E., & Shevlin, T. (2009). Taxes and Business Strategy: A planning approach, Pearson Prentice-Hall. Upper Saddle River, NJ.

Zimmerman, J. (1993). Taxes and firm size. Journal of Accounting and Economics, 5(1), 119-149.