OS NOVE PENTES D’ÁFRICA: QUESTÕES IDENTITÁRIAS E AFRICANIDADES NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA/LOS NUEVE PEINES DE ÁFRICA: CUESTIONES DE IDENTIDAD Y AFRICANIDADES EN LA LITERATURA INFANTIL Y JUVENIL BRASILEÑA CONTEMPORÁNEA
Resumo
O objetivo precípuo deste artigo consiste em, a partir da análise da novela infantil e juvenil Os nove pentes d’África, perceber esteticamente como a autora construiu a narrativa identitária e se utilizou de um contexto familiar para ressignificar o passado e reconstruí-lo no presente a fim de proporcionar o respeito à diversidade e ao povo negro. De autoria de Cidinha da Silva e com ilustrações de Iléa Ferraz (2009), a obra apresenta um enredo que entrelaça histórias, raízes, ancestralidade e memórias. A narrativa em questão reafirma a necessidade de se preservar histórias e tradições, de modo a respeitar povos, gerações e culturas. Para a concretização deste estudo, buscou-se aporte teórico em estudos e pesquisas de Candido (1972), Halbwachs (2004), Nascimento (2018), Hall (2019). Ao escrever sobre africanidades e questões étnico-raciais, Cidinha da Silva promove o engrandecimento da literatura contemporânea, visto que, atualmente, se faz tão necessário defender causas e lutar por questões sociais, que envolvem, dentre tantas diversidades, o preconceito com o negro, por sua cor de pele e um histórico ancestral de escravidão.
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