A SOBREVIVÊNCIA DE EROS NO AMBIENTE DO INTERNATO: UMA LEITURA DE DOIDINHO DE JOSÉ LINS DO REGO E DE OS RIOS PROFUNDOS DE JOSÉ MARIA ARGUEDAS

Autores

  • Leonice Rodrigues Pereira UNEMAT

Resumo

Na perspectiva das narrativas de Doidinho de José Lins do Rego e Os Rios Profundos de José Maria Arguedas, as atribuições vividas pelo aluno interno são, muitas vezes, traumatizantes. Os impulsos sexuais são intensificados considerados o momento de transformação pelo qual passa o adolescente, inserido no meio opressivo do internato. A convivência unicamente com indivíduos do mesmo sexo, adicionadas às proibições que impossibilitam o aluno a dar vazão às várias formas de prazer, próprias da adolescência, acaba por propiciar a existência acentuada de relações homossexuais entre os internos, que, pela rigidez de sua formação moral e religiosa, vivenciam o sexo como algo sujo. Em contrapartida, é através da relação sexual com a mulher que o adolescente consegue superar a barreira principal que o separa da vida adulta.

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Publicado

2016-02-15

Como Citar

Pereira, L. R. (2016). A SOBREVIVÊNCIA DE EROS NO AMBIENTE DO INTERNATO: UMA LEITURA DE DOIDINHO DE JOSÉ LINS DO REGO E DE OS RIOS PROFUNDOS DE JOSÉ MARIA ARGUEDAS. Revista ECOS, 1(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/1062