SUEVOS NA PENÍNSULA IBÉRICA E A HISTÓRIA DA LÍNGUA LUSITANA SWABIANS IBERIAN PENINSULA AND THE LANGUAGE OF HISTORY LUSITANA
Resumo
Imaginar as condições históricas necessárias à ocorrência de um episódio de superstrato é tarefa, no mínimo, instigante e porque não dizer desafiadora, nesse contexto, a lógica e sua natureza fria nos diz quem vence impõe sua vontade aos vencidos, argumento de fácil entendimento e aceitação, no entanto, a humanidade nunca trilhou um caminho sem curvas e, em uma delas, eis que surge a inusitada história da invasão da Península Ibérica pelos bárbaros suevos, no século V e sua polêmica influência na língua lusitana, assim, bebemos na fonte de Faraco (2006), para fixarmos um norte para a presente investigação, para isso, esse trabalho analisou algumas bibliografias, comparativamente, procurando recortar amostras mais significativas do posicionamento de seus autores: primeiro, os partidários da relevância; segundo, os não partidários da relevância do superstrato suevo, nesse sentido, ao longo do trabalho nos deparamos com opiniões completamente opostas sobre o mesmo tema e procuramos destacar as evidências que nos levaram desde a exaltação às influências dos suevos à língua lusitana, até as raias do etnocentrismo romano com traços de preconceito linguístico, não obstante, evidenciou-se duas tendências importantes, uma de ignorar o fato de que tanto os romanos quanto os suevos serem povos invasores, independentemente do letramento ou não de suas culturas, outra de considerar somente os fatores linguísticos como os mais impactantes na ordem social da região.
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Referências
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