SILÊNCIOS E SENTIDOS: A LUTA DE TERRA INDÍGENA EM UM JORNAL DE MATO GROSSO

Autores

  • Danielle Tavares Teixeira UNEMAT
  • Elizabeth Moraes Gonçalves

Resumo

Neste artigo verificamos como o discurso que define o indígena no campo jornalístico constitui processos de significação, produzindo o imaginário pelo qual se rege o que é ser índio para a sociedade. Tomamos como material de análise as matérias publicadas sobre o indígena no jornal A Gazeta, de Mato Grosso, no período entre janeiro e março de 2013. A investigação está centrada, especificamente, em matérias sobre disputas de terras envolvendo os diferentes povos. Analisamos as falas e silêncios que definem e constituem o imaginário social sobre o índio brasileiro, em um Estado com expressiva diversidade étnica e cultural. A opção teórica metodológica adotada segue pressupostos da Análise de Discurso de linha francesa, que tem como precursor Michel Pêcheux. A investigação aponta que, a partir do que é dito e do que não é dito, o discurso jornalístico reforça a imagem do índio como usurpador de terras, tutelado pelo Estado e merecedor de exclusão.  Nota-se que a versão do indígena não é apresentada ou considerada e suas vozes são silenciadas. 

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Publicado

2016-10-31

Como Citar

Teixeira, D. T., & Gonçalves, E. M. (2016). SILÊNCIOS E SENTIDOS: A LUTA DE TERRA INDÍGENA EM UM JORNAL DE MATO GROSSO. Revista ECOS, 20(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/1511