QUERIDA, DE LYGIA BOJUNGA: O NARRADOR E AS IMAGENS ESTILHAÇADAS/QUERIDA, BY LYGIA BOJUNGA: THE NARRATOR AND THE BROKEN IMAGES

Autores

  • Ediliane Gonçalves UNEMAT

Resumo

O texto que aqui apresentamos é uma leitura da obra Querida (2012), de Lygia Bojunga, que busca mostrar o constructo estabelecido pela autora, por meio do narrador. A partir do estabelecimento de um objeto ou pensamentos, constituídos pela combinação de impressões passadas e presentes e oferecidas na forma narrativa, o intrincado enredo, cheio de encaixes com outras histórias, fala de Pollux, que, aos trinta, rememora uma aventura vivida aos dez anos. Contudo, o narrador é diverso: primeira pessoa, terceira pessoa e personagem-narrador vão ganhando voz e espaço sempre que são convocados a participar da obra, principalmente, pela riqueza do dialogismo presente nela. Para alicerçar nossas reflexões, trabalhamos com textos de teóricos como Adorno (2003), Silviano Santiago (1989), Benjamin (1994), Schøllhammer (2009), entre outros, bem como as considerações de alguns críticos sobre a obra de Bojunga, entre elas Sandroni (2011), Papes (2008) e Aires (2010).

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Biografia do Autor

Ediliane Gonçalves, UNEMAT

Doutoranda em Estudos Literários. UNEMAT - Campus de Tangará da Serra.

Referências

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Publicado

2017-05-03

Como Citar

Gonçalves, E. (2017). QUERIDA, DE LYGIA BOJUNGA: O NARRADOR E AS IMAGENS ESTILHAÇADAS/QUERIDA, BY LYGIA BOJUNGA: THE NARRATOR AND THE BROKEN IMAGES. Revista ECOS, 21(02). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/1868