MEMÓRIA, FICÇÃO E IMPERIALISMO EM UMA BARRAGEM CONTRA O PACÍFICO, DE MARGUERITE DURAS/MEMORY, FICTION AND IMPERIALISM IN MARGUERITE DURAS’ THE SEA WALL

Autores

  • Beatriz D’Angelo Braz Universidade de Brasília (UnB)

Resumo

Este artigo centra-se no romance Uma barragem contra o Pacífico, de Marguerite Duras.  Publicada em 1950, a obra é o terceiro livro da autora e o primeiro retratar sua adolescência na Indochina. Neste artigo, visa-se evidenciar como nesse texto se manifesta a relação entre autobiografia e ficção e, ao mesmo tempo, como a narrativa se relaciona com o contexto social que lhe originou. Intentou-se, assim, demonstrar como a escrita altamente subjetiva de Duras exprime, por meio da trama e da construção dos personagens, sua crítica à empreitada imperialista francesa do início do século XX.

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Biografia do Autor

Beatriz D’Angelo Braz, Universidade de Brasília (UnB)

Doutoranda em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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Publicado

2017-09-17

Como Citar

Braz, B. D. (2017). MEMÓRIA, FICÇÃO E IMPERIALISMO EM UMA BARRAGEM CONTRA O PACÍFICO, DE MARGUERITE DURAS/MEMORY, FICTION AND IMPERIALISM IN MARGUERITE DURAS’ THE SEA WALL. Revista ECOS, 22(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/2286