NARRATIVAS DE UMA ESCRITORA VIAJANTE: MARIA ARCHER E A CULTURA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

  • Elisabeth Battista UNEMAT/PPGEL

Resumo

Tendo nascido no limiar do século XX, (1899-1982), e vivido parte de sua vida entre Portugal, África e Brasil, em sua longa e produtiva atividade literária, a autora portuguesa Maria Emília Archer Eyrolles Baltazar Moreira estabeleceu relações com um tipo de público diferente do de seus livros – o(a)s leitore(a)s de jornais. Em destaque, não só periódicos portugueses, como também publicações brasileiras como A Gazeta, O Estado de São Paulo, e Portugal Democrático.  Assim, a presença da escritora Maria Archer na imprensa do seu tempo pressupõe que nos voltemos para a caracterização da sua produção criativa aí. O estudo de sua contribuição para o alargamento da inserção da mulher como autora nas páginas impressas, nos países que se comunicam através da Língua Portuguesa levará ao entendimento da forma como a escritora, a partir do exílio se adapta à realidade cultural portuguesa e brasileira. Em boa medida, para a realização desta pesquisa, nos baseamos nos documentos que fornecem um testemunho da gênese da obra e vida da autora portuguesa, em sua produção criativa, nas entrevistas, em microfilmes de sua contribuição jornalística, em depoimentos de quem conviveu com a escritora na situação da diáspora em idioma fraterno. 

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Referências

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Webgrafia

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Como Citar

Battista, E. NARRATIVAS DE UMA ESCRITORA VIAJANTE: MARIA ARCHER E A CULTURA DE LÍNGUA PORTUGUESA. Revista ECOS, 17(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/240