A LINGUAGEM DO E NO ESPAÇO DO MUSEU (VIRTUAL) CASA DE PORTINARI: MUTAÇÕES NO REGIME DO OLHAR A ARTE

Autores

  • Jefferson Campos UEM/ CAPES
  • Ismara Tasso UEM

Resumo

Dada a necessidade de problematizar as formas de leituras contemporâneas circunscritas às novas tecnologias, estas que tanto instituem regimes do olhar e do dizer o museu virtual, quanto demandam investimentos teórico-analíticos que subsidiem o campo educacional e o discursivo, este artigo tem por objetivo compreender o funcionamento do espaço virtual, enquanto materialidade significante, na composição das condições de possibilidade dos sentidos da arte. Para isso e subsidiados pelos dispositivos teórico- analíticos da Análise de Discurso franco-brasileira, elegemos a tese de que o modo de composição da arquitetura do Museu Casa de Portinari, no espaço virtual, (re)escreve as linhas de visibilidade desse espaço outro no qual é promovida a constituição de diferentes formas de ‘olhar’ a arte. O gesto de leitura empreendido exigiu formular a noção de campo heterotópico de estabilização, o que possibilitou compreender que a reprodutibilidade técnica da obra de arte, ao se inscrever no espaço virtual, produz uma mutação no regime de visibilidade que faz a materialidade do enunciado artístico.

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Como Citar

Campos, J., & Tasso, I. A LINGUAGEM DO E NO ESPAÇO DO MUSEU (VIRTUAL) CASA DE PORTINARI: MUTAÇÕES NO REGIME DO OLHAR A ARTE. Revista ECOS, 17(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/251

Edição

Seção

LINGUÍSTICA/ LÍNGUA PORTUGUESA