A SINGULAR PRESENÇA DO NARRADOR EM DESONRA, J. M. COETZEE/THE SINGULAR NARRATOR PRESENCE IN DISGRACE, J. M. COETZEE

Autores

  • Cecília Krug UNEMAT

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura do romance Disgrace (1999), de John Maxwell Coetzee, traduzido para o português como Desonra (2000).  O tema proposto profere uma reflexão no que diz respeito à figura do narrador, que apresenta as relações das personagens, constituindo um singular jogo narrativo. Na composição desta narrativa observamos a força da voz do narrador que, pelo viés do protagonista, evidencia conflitos existenciais e o descompasso vivenciado pelas personagens no contexto África do Sul, pós-apartheid. Para realizar este estudo, buscamos fundamentar uma interpretação a partir dos conceitos teóricos sobre o narrador, de Walter Benjamin e Oscar Tacca, e ainda, para enriquecer as reflexões acerca do assunto, Mikhail Bakhtin e Antonio Candido. Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa contribuíram para pensar o romance no tempo atual.

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Biografia do Autor

Cecília Krug, UNEMAT

Discente na Universidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT- Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Estudos Literários – Nível de Mestrado.

Referências

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VAN DER VLIES, Andrew. J. M. Coetzee’s Disgrace. London/NY: Continuum International Publishing Group, 2010.

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Publicado

2018-01-04

Como Citar

Krug, C. (2018). A SINGULAR PRESENÇA DO NARRADOR EM DESONRA, J. M. COETZEE/THE SINGULAR NARRATOR PRESENCE IN DISGRACE, J. M. COETZEE. Revista ECOS, 23(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/2678

Edição

Seção

LITERATURA