O EFÊMERO E O REGISTRO NA POÉTICA DE LUCINDA PERSONA/THE EPHEMERAL AND THE RECORD IN LUCINDA PERSONA POETICS
Resumo
Neste artigo serão analisados os poemas de Lucinda Persona, “Infinito seria” (Ser Cotidiano, 1998), e “Traços” (Tempo comum, 2009), na perspectiva do efêmero, observando-se a complementaridade entre a brevidade, o banal e o seu oposto, a permanência, e entre a memória e o hábito; e do registro, a presentificação como estratégia de construção de um presente eterno. Como resultado do diálogo entre esses aspectos, verificamos que as pequenas insignificâncias da rotina, por meio da memória e da escritura dos versos, mostra e estimula buscas próprias às vivências na contemporaneidade.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura e efêmero; Precariedade da duração; Registro do banal.
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Referências
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