A SEMÂNTICA NA GRAMÁTICA BRASILEIRA APÓS A INSTALAÇÃO DA NGB: UMCAMPO DISCIPLINAR OU UM TERMO SUPLEMENTAR?

Autores

  • Neuza Zattar UNEMAT

Resumo

Na perspectiva da História das Ideias Linguísticas no Brasil, propomos analisar como se dá a inscrição do campo disciplinar Semântica na gramática brasileira após a instalação da NGB (1959), observando como o estatuto que lhe é dispensado na gramática, no processo de sua institucionalização, vai sendo construído, significado e re-significado no imaginário dos sujeitos que manuseiam a gramática. Na Moderna Gramática Portuguesa (1961), de Evanildo Bechara, objeto de nossa investigação, mostramos que o autor, contrariando as recomendações da NGB, introduz, nos espaços livres deixados pela incompletude do modelo oficial, a disciplina Semântica, ao lado da Fonética, Morfologia e Sintaxe

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AUROUX, Sylvain; DELESALLE, Simone. La

Sémantique. In: Histoire des idées

linguistiques. Mardaga, Bélgica, [s.d]. t.3.

BALDINI, Lauro. A NGB e a autoria do discurso

gramatical. Línguas e Instrumentos

Linguísticos, Campinas, n.1, jan/jun, 1998.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática

portuguesa. 2. ed. São Paulo: Nacional, 1961.

BRÉAL, Michel. Ensaio de semântica: ciência

das significações. Tradução de Aída Ferrás et al.

São Paulo: EDUC, Pontes, 1992.

DARMESTETER, Arsène. A vida das palavras

estudadas nas suas significações. Línguas e

Instrumentos Linguísticos, Campinas, n. 4/5,

p. 121-134, dez/jun 2000.

DIAS, Luiz F. O nome da língua no Brasil: uma

questão polêmica. In: ORLANDI, Eni (Org.).

História das idéias linguísticas: construção

do saber metalinguístico e constituição da língua

nacional. Campinas, SP: Pontes; Cáceres, MT:

Unemat Editora, 2001. p. 185-198.

______. A omissão do pronome sujeito no português

do Brasil: perspectivas de abordagem. Revista Ecos,

Cáceres, n.1, jul/dez 2003.

______. Comentários sobre o texto no Exame de

Qualificação em HIL, 2005.

GUIMARÃES, Eduardo. Sinopse dos estudos do

português no Brasil: a gramatização brasileira. In:

GUIMARÃES, Eduardo; ORLANDI, Eni (Orgs.).

Língua e cidadania. Campinas, SP: Pontes,

p.127-138.

______. História da gramática no Brasil e ensino.

Relatos, Campinas, DL, IEL, UNICAMP, n.5, p. 7-

, out 1997.

______. Os estudos da significação no Brasil: uma

história entre o natural e o histórico no século XIX.

Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas,

n. 4/5, p.7-18, dez/jun 1999.

______. Para uma história dos estudos sobre

linguagem. Línguas e Instrumentos Linguísticos,

Campinas, Campinas, n.8, jul/dez, 2002a.

______. Os estudos da significação no Brasil.

Cadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas-SP,

n.42, p.71-87, jan/jun 2002b.

MATTOSO CÂMARA, Joaquim. Nomenclatura

gramatical. In: ______. Dispersos. Rio de

Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, p. 1972.

MACIEL, Maximino. Grammatica descriptiva.

ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves & Cia, 1918.

NERLICHE, Brigitte. La sémantique historique au

XIXe

siècle, en Allemagne, en Angleterre et en

France. In: Histoire épistémologie langage,

t.15, fascículo 1.

ORLANDI, Eni. O estado, a gramática, a autoria.

Relatos, DL-IEL-UNICAMP/DL-FFLCH-USP,

Campinas-SP, n.4, p. 5-12, jun 1997.

______. Língua e conhecimento linguístico:

para uma história das ideias no Brasil. São Paulo:

Cortez, 2002.

ORLANDI, E.; GUIMARÃES, E. Formação de um

espaço de produção linguística: a gramática no

Brasil. In: ORLANDI, Eni P. (Org.). História das

ideias linguísticas: construção do saber

metalinguístico e constituição da língua nacional.

Campinas, SP: Pontes; Cáceres, MT: Unemat

Editora, 2001. p. 21-38.

PEREIRA, Eduardo Carlos. Grammatica

expositiva. São Paulo: Weiszflog Irmãos Livraria

Francisco Alves & C, 1907.

RIBEIRO, Julio. Grammatica Portugueza. 10.

ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves & C,

ROBINS, R. H. Pequena história da linguística.

Tradução de Luiz Martins Monteiro de Barros. Rio

de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A, 1983.

SILVA JR., Pacheco. Noções de semântica.

Línguas e Instrumentos Linguísticos,

Campinas, n.4/5, p. 109-120, dez/jun 2000.

SILVA JR., Pacheco; ANDRADE, Lameira de.

Grammatica da Língua Portugueza para

uso dos Gymnasio, Lyceus e Escolas

Normaes. 3. ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco

Alves, 1907.

SOUZA, Tânia C. C. De; MARIANI, Bethânia S.

C. Reformas ortográficas ou acordos políticos? In:

GUIMARÃES, Eduardo; ORLANDI, Eni. (Orgs.).

Língua e cidadania: o português no Brasil.

Campinas-SP: Pontes, 1996. p. 85-93.

SOUZA, Pedro de. Às margens da gramática, a

emergência da Semântica no Brasil. In: ORLANDI,

Eni P. (Org.). História das ideias linguísticas:

construção do saber metalinguístico e constituição

da língua nacional. Campinas-SP: Pontes;

Cáceres-MT: Unemat Editora, 2001. p 125-137l.

Downloads

Publicado

2016-02-11

Como Citar

Zattar, N. (2016). A SEMÂNTICA NA GRAMÁTICA BRASILEIRA APÓS A INSTALAÇÃO DA NGB: UMCAMPO DISCIPLINAR OU UM TERMO SUPLEMENTAR?. Revista ECOS, 8(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/956