DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: FISSURAS NA FORMULAÇÃO

Autores

  • Silvia Regina Nunes UNEMAT

Resumo

Observo o funcionamento da divulgação científica no discurso da propaganda com o objetivo de compreender os efeitos dessa formulação. Analiso, pela perspectiva materialista, textos verbais e visuais publicados na Seção Gôndola da revista Saúde, da editora Abril. Tenho algumas questões que norteiam a análise: Como a divulgação científica funciona na formulação da propaganda? Que sentidos são instaurados nesta formulação? Concluo que o imaginário de língua que circula no espaço discursivo da seção da revista é o de língua transparente, o que aponta para uma noção de que os sentidos são originais, únicos. Contudo, pela noção de efeito metafórico, instaura-se uma falha nessa literalidade, pois o controle e a administração da interpretação não se completa e isso se mostra na tensão instaurada entre a formulação dos textos, afetados pela divulgação científica, e os movimentos da subjetividade que funcionam no discurso da propaganda.

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Referências

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SZEGO, Thais. Gôndola. Revista Saúde, São

Paulo, Editora Abril, n.261, p. 10, jun. 2005.

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Publicado

2016-02-11

Como Citar

Nunes, S. R. (2016). DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: FISSURAS NA FORMULAÇÃO. Revista ECOS, 8(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/957