O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA NA ESCOLA INDÍGENA JULÁ PARÉ

Autores

  • Mônica Cidele Cruz Doutora em Linguística e docente da Universidade do Estado de Mato Grosso- Unemat.
  • Marcio Monzilar Corozomae Professor da Escola Indígena Julá Paré.

Resumo

A língua Umutína é classificada como pertencente à família linguística Bororo, do tronco Macro-Jê.  Atualmente, trinta dos seus últimos remanescentes vivem na terra indígena localizada entre os rios Bugres e Paraguai, a 15 km da cidade de Barra do Bugres-MT, juntamente com diversas etnias, como: Paresi, Boróro, Nambikwara, Terena, Kaiabi, Chiquitano, Irantxe e Bakairi, totalizando aproximadamente 540pessoas.Os Umutina são monolíngues em português e, dentre eles, há apenas dois anciãos na aldeia, de 75 e 95 anos de idade, considerados os “lembrantes” da língua. Nos últimos anos, escola e a comunidade indígena Umutina vêm desenvolvendo um trabalho bastante interessante de revitalização da língua materna e da cultura indígena Umutina. Neste sentido, o nosso objetivo, neste artigo, é discutir um pouco sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores da escola indígena JuláParé, com relação ao ensino da língua Umutina e, também, sobre a relação entre línguas, resultante da grande pluralidade linguística que existe na aldeia

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALBÓ, Xavier. Cultura, interculturalidade, inculturação. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

ARRUDA, Lucybeth Camargo de. Posto Fraternidade Indígena: Estratégias de Civilização e Táticas de resistência 1913-1945. Dissertação de Mestrado em História. UFMT, 2003.

__________. Posto Fraternidade Indígena – Outro Lugar, Outra História. In:Anais do XVII Encontro Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004. CD-ROM.

BRASIL. Constituição da República Federativado Brasil 1998. Brasília, 1997.

_________.Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar.Brasília: MEC/ SEF/DPEF, 1994.

__________. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas.Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998.

__________. Plano Nacional de Educação.Ministério da Educação e do Desporto. Brasília: MEC,2000.

LEVERGER, Augusto. Apontamentos cronológicos da Província de Mato Grosso. In: revista do Instituto Histórico e geográfico Brasileiro, v. 205; 76.

MARIANI, Bethania. Políticas de Colonização Lingüística, In: Revista LETRAS n.27, UFSM, Santa Maria, 2003.

ORLANDI, E.P. Terra à Vista: discurso do confronto: velho e novo mundo. São Paulo:Cortez, 1990.

PIMENTEL DA SILVA, Maria do Socorro. As línguas indígenas na escola: da desvalorização à revitalização. In: Revista Signótica. Goiânia, GO, Vol. 18, nº. 2, p. 381-395, jul/dez/2006

QUEZO, Luizinho Ariabô.Construção de frase na língua Umutina a partir dos seus elementosculturais. Monografia 2010. Faculdade Indígena Intercultural. Barra do Bugres-MT.

__________ . (1986) Línguas Brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola.

__________. Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. D.E.L.T.A. 9.1:83-103. São Paulo. 1993 a.

_______________. 1961/62. Informações etnográficas sobre os Umutina. Revista do Museu Paulista, Nova Série, 13; 75-313.

Downloads

Publicado

2015-07-12

Como Citar

O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA NA ESCOLA INDÍGENA JULÁ PARÉ. (2015). Revista ECOS, 18(1). https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/692