Poeta, espaço e poesia: A palavra em liberdade na poética de Craveirinha

Autores

  • Vanessa Pincerato Fernandes
  • Marinei Almeida

Resumo

A poética de José Craveirinha foi escolhida para estudo com propósito de observar como as produções poéticas desse escritor surgem interligadas com questões políticas e históricas de Moçambique. Para tanto os poemas analisados apontam para características que definem uma tradição organizada em torno dos pressupostos de uma literatura do chamado período colonial, no desejo de liberdade e de denúncia, sugerindo manifestos que falam dessa luta pela busca de uma identidade moçambicana. Os poemas que compõem o corpus desse trabalho são: “Manifesto” (1962), “Xigubo” (1958) e “Hino à minha terra” (1962). Estes apresentam também traços marcantes que foram definindo e singularizando Craveirinha dentro do contexto cultural e histórico de seu espaço específico, Moçambique. Em seus poemas Craveirinha destaca um importante papel temático de origem familiar, geográfica, cultural e lingüística, ressalta o espaço da negritude fundido ao eu poético (poeta, espaço e poesia), cujos tempos verbais situam-se no passado, presente, futuro que valorizam suas raízes, levantam críticas e combatem a situação imposta pelo colonialismo centrado, sobretudo, no cotidiano moçambicano. Nesse sentido, a importância desse escritor torna-se relevante na organização da libertação e do reconhecimento do negro como sujeito na história. O presente trabalho, portanto, tem por objetivo analisar, por meio de uma leitura literária, o discurso de valorização do negro e de revolta como meios de atingir a libertação em seus poemas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2016-11-09

Como Citar

Fernandes, V. P., & Almeida, M. (2016). Poeta, espaço e poesia: A palavra em liberdade na poética de Craveirinha. Revista Fronteira Digital, 1(05). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/fronteiradigital/article/view/1541