Úrsula: “A mente, esta ninguém pode escravizar” de Maria Firmina dos Reis
Abstract
O presente artigo propõe direcionar os olhares dos leitores, aos escravos africanos que tiveram a sua primeira oportunidade de expressarem suas vozes, no romance Úrsula (1859) da maranhense Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917). Neste sentido, o objetivo é trazer à tona as questões mais dolorosas que estavam em voga no século XIX, sobretudo, o racismo e o machismo, que Reis já denunciava naquele período. Tendo duplo pioneirismo, tanto em ser o primeiro romance publicado no Brasil por uma mulher negra, quanto por ser o primeiro livro abolicionista registrado. Logo, não foi uma missão fácil, explorar tantas riquezas culturais, sociais e políticas que contemplam o romance e o seu contexto. Porém, a tarefa foi de extrema relevância, visto que, por mais Reis ultrapassou barreiras gigantescas, ainda se tem poucos estudos sobre o romance e a autora.
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