Caracterização e diversidade genética de espécies do gênero Passiflora com base em características físicas e químicas dos frutos

Autores

  • Catiane dos Santos Braga Graduanda do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário-Alta Floresta, MT, Brasil.
  • Danielle Vieira Rodrigues Graduanda do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário-Alta Floresta, MT, Brasil.
  • Rosimara Barboza Bispo Graduanda do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário-Alta Floresta, MT, Brasil.
  • Valdecir Götter Mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus de Alta floresta, MT, Brasil.
  • Kellen Coutinho Martins Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas, Pós Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus de Alta floresta, MT, Brasil.
  • Sérgio Alessandro Machado Souza Professor Doutor, Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos e, Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus de Alta floresta, MT, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5327/rcaa.v15i2.2002

Palavras-chave:

descritores, morfologia, variabilidade.

Resumo

A caracterização morfo-agronômica é uma importante ferramenta para avaliação da diversidade genética de espécies cultivadas e silvestres. Essa atividade gera informações importantes em relação à frutificação e produtividade das espécies estudadas antes de introduzi-las em programas de melhoramento genético. O maracujá azedo é a espécie mais cultivada dentro do gênero Passiflora devido à qualidade de seus frutos e alta produtividade, e as espécies silvestres apresentam potencial para contribuir no melhoramento genético dessa importante cultivar. Com isso, o objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade dos frutos e estimar a divergência genética de Passiflora edulis, P. cristalina, P. foetida e P. morifolia com base em suas características físicas e químicas. As plantas foram obtidas de casa de vegetação e conduzidas em delineamento inteiramente casualizado. De cada espécie foi avaliado 10 genótipos e de cada genótipo avaliado 10 frutos, totalizando 100 frutos por espécie. As características avaliadas foram a massa do fruto, comprimento e diâmetro do fruto, espessura da casca, número de sementes por fruto, rendimento e massa da polpa, teor de sólidos solúveis e acidez total. Os dados foram submetidos à análise univariada, sendo que, na comparação entre as médias utilizou-se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. A divergência genética foi estimada por procedimentos multivariados com o emprego da distância generalizada de Mahalanobis, como medida de dissimilaridade e a importância das características foi feita com base no método de Singh. Para todas as características avaliadas as médias apresentaram diferenças significativas a 5% de probabilidade, via teste de Tukey. A espécie Passiflora edulis apresentou as maiores médias para as características massa do fruto, comprimento do fruto, diâmetro do fruto, espessura da casca, número de sementes e massa da polpa. No dendograma houve a formação de dois grandes grupos, onde o maracuja azedo ficou isolado das demais espécies. E as características que mais contribuiram para a diversidade genética foram diâmetro do fruto, espessura da casca e massa da polpa. Em conclusão, existem divergências genéticas entre as espécies em estudo, promovendo a formação de grupos diferentes classificado segundo a distância de Mahalanobis, pelo método Ward e há variabilidade genética quanto às características morfo-agronômicas avaliadas, possibilitando a seleção para fins de melhoramento genético.

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Publicado

2018-05-28

Edição

Seção

Ciências Biológicas

Como Citar

Caracterização e diversidade genética de espécies do gênero Passiflora com base em características físicas e químicas dos frutos. (2018). Revista De Ciências Agro-Ambientais, 15(2), 181-186. https://doi.org/10.5327/rcaa.v15i2.2002