Produtividade de cafeeiros fertirrigados sob diferentes níveis de adubação na região do cerrado mineiro na primeira safra

Resumo

Dada a importância do aumento de lavouras cafeeiras fertirrigadas no Brasil, torna-se necessário estabelecer uma recomendação de adubação específica, visto que o crescimento e a produtividade da cultura nesse manejo diferenciam-se em relação ao cafeeiro cultivado em sequeiro. Com o presente trabalho, conduzido em área experimental na Fazenda Juliana, no município de Monte Carmelo, MG, objetivou-se estabelecer uma recomendação de adubação nitrogenada e potássica para lavoura cafeeira fertirrigada em produção na região do Cerrado Mineiro. O plantio da lavoura realizou-se em novembro de 2011, utilizando mudas da cultivar Topázio MG 1190. Os tratamentos constaram de cinco níveis de nitrogênio (N) e óxido de potássio (K2 O) correspondentes a 30, 80, 130, 180 e 230% do recomendado para lavouras não irrigadas, aplicados via fertirrigação. O parcelamento da adubação efetuou-se da seguinte forma: nos meses de novembro a abril, as plantas receberam 70% do total aplicado no ano (correspondendo a 11,6% da adubação total em cada mês); e de maio a outubro, 30% da adubação total (correspondendo a 5% da adubação total em cada mês). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em número de quatro. Cada parcela compôs-se de 10 plantas, consideradas úteis as oito centrais. As variáveis analisadas em 2014 foram: produtividade de café beneficiado (sacas ha-1), uniformidade de maturação dos frutos, classificação do café quanto a tipo, tamanho e formato dos grãos. Verificou-se que a produtividade máxima de 64,1 sacas ha-1 foi atingida com o nível de adubação de 163,19% da recomendação para lavouras de sequeiro. A adubação não influenciou a maturação dos frutos e a classificação física do produto.