Óleos essenciais na qualidade e no controle de podridões pós-colheita em tomate
DOI:
https://doi.org/10.5327/rcaa.v15i1.2134Palavras-chave:
parâmetros físico-químicos, Solanum lycopersicum, fitopatógenos, controle alternativoResumo
A resistência dos patógenos aos fungicidas torna crescente a busca por métodos alternativos de controle que apresentem baixo impacto socioeconômico e ambiental. Além disso, como no Brasil a produção destina-se principalmente ao consumo “in natura”, os aspectos externos e a sua qualidade tornam-se critérios importantes na decisão de compra. Foi avaliado o efeito de óleos essenciais no controle de patógenos pós-colheita e em parâmetros físico-químicos de frutos do tomateiro. Os tratamentos empregados foram fungicida Boscalida (testemunha positiva); óleos essenciais de Alecrim (Rosmarinus officinalis), Canela (Cinnamomum zeylanicum), Cravo-da-índia (Caryophillus aromaticus), Copaíba (Copaifera sp.) a 1% e Água destilada (testemunha negativa), via pulverização dos frutos, que foram mantidos em sala climatizada com temperatura de 25ºC e fotoperíodo de 12h. As variáveis analisadas foram a redução de massa, cor, potencial hidrogeniônico (pH), sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), relação sólidos solúveis totais e acidez total titulável (SST/ATT) e a incidência de patógenos. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quarenta e oito parcelas, totalizando 192 frutos. As análises físico-químicas após a incubação foram realizadas ao 5º e 10º dias de armazenamento. As avaliações de incidência de patógenos e maturação foram realizadas diariamente. Os óleos de copaíba e de alecrim interferiram positivamente nos parâmetros físico-químicos dos frutos, promovendo aumento da vida útil dos frutos. Enquanto que, o fungicida Boscalida ocasionou aumento significativo nos teores de ATT, indicando inibição da respiração celular e indução da fermentação. Os tratamentos não apresentaram eficiência no controle de podridões pós-colheita, porém notou-se comportamento potencial do óleo de copaíba, para o qual recomenda-se a realização de estudos futuros a fim de determinar a dose mínima para comprovação efetiva de sua ação.
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