A ESCRITA DE SI: ROMANTISMO E MELANCOLIA NAS CARTAS DE JULIA DA COSTA
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v18i01.11259Palavras-chave:
autoria feminina, literatura brasileira, Escritas de siResumo
Durante séculos as mulheres sofreram apagamentos e silenciamentos em todas as esferas, desde decisões sobre a vida particular a ascensão no campo literário, como foi o caso da poetisa Júlia da Costa. Julgada por não corresponder aos padrões estabelecidos socialmente as mulheres no século XIX, a poetisa das rosas, como era conhecida, manteve um romance por meio de cartas com o poeta Benjamin Carvoliva. A partir das correspondências da poetisa, este artigo visa tecer reflexões sobre a condição feminina no século XIX e como Júlia da Costa rompeu com arquétipos femininos de sua época. Além disso, discutiremos sobre como as cartas da poetisa correspondem ao gênero epistolar, acerca das cartas de amor, do período Romântico. Para tanto, utilizamos como embasamento teórico os pressupostos de Zolin (2009), Lima (1953), Diaz (2016), Barthes (1981), Lyons (1998), entre outros.
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