Atos de fala na música cálice: realizações, efeitos e conseguências

Autores

  • Rayene Maria do Nascimento UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

DOI:

https://doi.org/10.30681/real.v10i2.1951

Resumo

Neste estudo objetiva-se analisar a proposição performativa da música “Cálice”, escrita e interpretada por Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973. A base teórica é do filósofo John Austin (1962), fundamentada na Teoria dos Atos de Fala. Analisa-se o verbo imperativo e a sentença performativa. No refrão, está a intenção do locutor, de sentido ambíguo, a qual é pronunciada também no decorrer da letra musical. Considera-se a canção e o conhecimento do contexto para dar o sentido completo à força ilocucionária da música. Por conseguinte, identifica-se o efeito da canção: mostrar para o receptor a opressão do regime militar dirigida ao povo, ato ilocutório e, posteriormente, a consequência da produção musical para os compositores: proibição da música, ato perlocutório.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALDRIGUE, N. S., ESPÍNDOLA, L. C. Os efeitos argumentativos em folderes publicitários. Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Linguísticos do Sul. Apresentado no 14º COLE, 2003. Universidade Federal da Paraíba.

BUARQUE, Chico. Vagalume. Compositor: Gilberto Gil/Chico Buarque. 1973 © by Cara Nova Editora Musical Ltda. Disponível em . Acesso em 26 de julho de 2016.

LEVINSON, Stephen C. Pragmática. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2014.

VERMELHO, Portal. A música brasileira e a censura da ditadura militar. Disponível em . Acesso em 26 de julho de 2016.

Downloads

Publicado

2018-01-04

Como Citar

Nascimento, R. M. do. (2018). Atos de fala na música cálice: realizações, efeitos e conseguências. Revista De Estudos Acadêmicos De Letras, 10(2), 37–44. https://doi.org/10.30681/real.v10i2.1951