Atos de fala na música cálice: realizações, efeitos e conseguências
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v10i2.1951Resumo
Neste estudo objetiva-se analisar a proposição performativa da música “Cálice”, escrita e interpretada por Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973. A base teórica é do filósofo John Austin (1962), fundamentada na Teoria dos Atos de Fala. Analisa-se o verbo imperativo e a sentença performativa. No refrão, está a intenção do locutor, de sentido ambíguo, a qual é pronunciada também no decorrer da letra musical. Considera-se a canção e o conhecimento do contexto para dar o sentido completo à força ilocucionária da música. Por conseguinte, identifica-se o efeito da canção: mostrar para o receptor a opressão do regime militar dirigida ao povo, ato ilocutório e, posteriormente, a consequência da produção musical para os compositores: proibição da música, ato perlocutório.
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Referências
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