EL CABALLERO DE OLMEDO, DE LOPE DE VEGA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORTUNA CRÍTICA E OS ESTUDOS POÉTICOS E RETÓRICOS

Autores

  • Gabriel Furine Contatori Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.30681/real.v14i1.4803

Resumo

Neste artigo discutimos alguns estudos que constituem a fortuna crítica da peça El caballero de Olmedo (1641), de Félix Lope de Vega y Carpio (1562 – 1635), contrapondo-os aos estudos poéticos e retóricos sobre as práticas letradas do século XVII. A fortuna crítica da peça lopesca é, em grande medida, caudatária e continuadora do estudo pioneiro de Francisco Rico, datado de 1981, que trouxe à lume as fontes que teriam sido consultadas por Lope de Vega para escrever o Caballero. O estudo de Rico e de outros pesquisadores invalida, por exemplo, o preceito, em voga no século XVII, da suspensão. Com base nos estudos poéticos e retóricos, que, ao procurarem historicizar as práticas letradas do Seiscentos, consideram a vigência da Poética e da Retórica durante o Antigo Regime, buscamos demonstrar limitações em alguns estudos que se constituíram enquanto fortuna crítica de uma das mais importantes peças do teatro lopesco.

Downloads

Biografia do Autor

  • Gabriel Furine Contatori, Universidade Federal de São Paulo
    Mestrando em Estudos Literários no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Referências

ALCIATO, A. Los emblemas de Alciato traduzidos en rhimas españolas; añadidos de figuras y de nuevos emblemas en la tercera parte de la obra. En Lyon: por Mathias Bonhome, 1549.

AGOSTINHO, S. A Cidade de Deus. Tradução, prefácio, nota biográfica e transcrições de J. Dias Pereira. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. Tomo I (Livro I ao VIII).

ARELLANO, I. Estructura dramática y responsabilidad. De nuevo sobre la interpretación de El caballero de Olmedo, de Lope de Vega (notas para una síntesis). In: MOLINA, I. P.; SERRANO, A. (Eds.). En torno al teatro del Siglo de Oro: XV Jornadas de teatro del Siglo de Oro. Almeria: Instituto de Estudios Almerienses; Diputación de Almería, 2001. p. 95-113.

ARISTÓTELES. Retórica. Prefácio e introdução de Manuel Alexandre Júnior/ tradução e notas de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

ARISTÓTELES. Poética. Tradução, comentários e índices analíticos e onomástico de Eudoro de Souza. In:______. Metafísica, Ética a Nicômaco, Poética. São Paulo: Abril Cultural, 1984, p. 239-269.

CASCALES, F. Tablas poéticas. London: Classic Reprint Series, Forgotten Books, 2015.

CERVANTES, M. de. Don Quijote de la Mancha. Edición conmemorativa IV Centenario Cervantes. Madrid: Real Academia Española; Madrid: Alfaguara, 2015.

CHIAPPETTA, A. Retórica e crítica literária na Antiguidade. Phaos, Campinas, n. 1, p. 39-60, 2001.

CONTATORI, G. F. O bom é premiado e o mau é castigado: a eficácia pedagógica em El caballero de Olmedo, de Lope de Vega. A Margem: Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Letras e Artes, Uberlândia, v. 16, n. 1, p. 7-26, 2019.

CURTIUS, E. R. Literatura europeia e Idade Média latina. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1979.

DEMO, P. Cuidado metodológico: signo crucial da qualidade. Sociedade e Estado, Brasília, v. 17, n. 2, p. 333-348, jul./dez. 2002.

DIONÍSIO DE HALICARNASSO. Tratado da imitação. Edição de Raul Miguel Rosado Fernandes. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica/ Centro de Estudos Clássicos das Universidades de Lisboa, 1986.

DRYDEN, J. An Essay of Dramatic Poesy. In:______. The dramatick Works of John Dryden, Esq; in six volumenes. London: Printed for J. Tonson and Sold by R. Knaplock, W. Taylor, W. Mears, J. Browne, W. Churchill, E. Symon, and J. Brotherton, 1717. v.1, p. 15-83.

ENDRESS, H.P. La creación de una obra maestra: El Caballero de Olmedo. Una tentativa de reconstrucción. In: CLOSE, A (Ed.). Edad de oro cantabrigense: actas del VII Congreso de la Asociación Internacional de Hispanistas del Siglo de Oro, 2006. p. 201-205.

GARCÍA-VALDÉS, C. C. El caballero de Olmedo: tragédia y parodia. In: ARELLANO, I.; GARCÍA-RUIZ, V.; VITSE, M. (Eds.). Del horror a la risa: los géneros dramáticos clásicos. Navarra. Universidad de Navarra / Edition Reichenberger Kassel, 1994. p. 137-160.

GONZÁLEZ DE SALAS, J. A. Nueva ideia de la tragedia antigua o ilustración ultima al libro singular de Poetica de Aristoteles Stagirita. En Madrid: Por D. Antonio de Sancha, 1778.

GRACIÁN, B. Agudeza y arte de ingenio. Introdução de Jorge M.Ayala; edição e notas de Ceferino Peralta, Jorge M. Ayala e José M. Andreu. Zaragoza: Prensas Universitarias de Zaragoza: Departamento de Educación, Cultura e Deporte del Gobierno de Aragón; Huesca: Instituto de Estudios Altoaragoneses, 2004.

GRACIÁN, B. Oraculo Manual y Arte de Prudencia sacada de los aforismos que se discurren en las obras de Lorenço Gracián. In: ______. Obras de Lorenzo Gracián: Tomo Primero que contiene El criticón (primera, segunda y tercera parte), El oráculo y El Heróe. Ultima impressión mas corregida, y enriquecida de Tablas. En Madrid: En la Imprenta de la Santa Cruzada, 1674, p. 449-513.

GRIMAL, P. Diccionario de mitologia griega y romana. Prefácio de Charles Picard; prólogo da edição espanhola de Pedro Pericay. Barcelona, Buenos Aires, México: Ediciones Paidos, 1979.

HANSEN, J. A. O que é um livro?. Cotia, SP: Ateliê Editorial; São Paulo: Edições SESC São Paulo, 2019.

HORÁCIO. Arte Poética. intr., trad. e com. de R. M. Rosado Fernandes. Lisboa: Mem Martins: Inquérito, 1984.

LONGINO. Do sublime. In: ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. Introdução Roberto de Oliveira Brandão; tradução Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 2014. p. 69-114.

LOPE DE VEGA, F. El Caballero de Olmedo. Ed. Francisco Rico. Madrid: Catedra/ Letras Hispánicas, 2016.

OLIVEIRA, E. A. V. de. El Caballero de Olmedo: razão e paixão; amor e morte no século de ouro espanhol. Hispanista, s/l, v. 15, n. 58, p. s/n, 2014.

PÉCORA, A. À guisa de manifesto. In:______. Máquina dos gêneros: novamente descoberta e aplicada a Castiglione, Della Casa, Nóbrega, Camões, Vieira, La Rochefoucauld, Gonzaga, Silva Alvarenga e Bocage. São Paulo/ Campinas: Editora da Universidade de São Paulo/ Editora da Unicamp, 2018, p. 11-16.

PINCIANO, A. L. Philosophía antigua poética. Edição de José Rico Verdú. Biblioteca Castro, 1998.

QUEVEDO, F. de. La cuna y la sepultura: para el conocimiento proprio, y desengaño de las cosas agenas. In: ______. Obras de Don Francisco de Quevedo Villegas: segunda parte. En Brusselas: De la Emprenta de Francisco Foppens, Impressor y Mercader de Libros, 1670, p. 195-232.

RICO, F. Introducción. In: LOPE DE VEGA, F. El caballero de Olmedo. 26ª ed. Madrid: Catedra/Letras Hispánicas, 2016. p. 11-95.

ROSADO FERNADES, R. M. Introdução. In: DIONÍSIO DE HALICARNASSO. Tratado da imitação. Edição de Raul Miguel Rosado Fernandes. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica/ Centro de Estudos Clássicos das Universidades de Lisboa, 1986. p. 11-30.

RYNGAERT, J.P. Introdução à análise do teatro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

SÉNECA. De la brevedad de la vida. In:______. Tratados morales. Edición Pedro Rodríguez Santidrián; traducción Pedro Fernández Navarrete. Madrid: Editorial Espasa Calpe, 2005, p. 155-185.

VIEIRA, A. Sermões de quarta-feira de cinza. Organização Alcir Pécora. Campinas (SP): Editora da Unicamp, 2016.

Downloads

Publicado

30.07.2021

Como Citar

Furine Contatori, G. (2021). EL CABALLERO DE OLMEDO, DE LOPE DE VEGA: CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORTUNA CRÍTICA E OS ESTUDOS POÉTICOS E RETÓRICOS. Revista De Estudos Acadêmicos De Letras, 14(1), 120-135. https://doi.org/10.30681/real.v14i1.4803