AVANÇOS E RECUOS DA MULHER NIGERIANA EM MEIO SOL AMARELO, DE CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v14.4959Resumo
Esta pesquisa analisa o romance Meio Sol Amarelo (2006), de Chimamanda Ngozi Adichie, tendo como base a teoria literária feminista, com foco nas personagens Olanna e Kainene. Para esta investigação, foram utilizados autoras como Beauvoir (1967;1970), Bourdieu (2012), Perrot (2007), Woolf (1990), e outras. O objetivo central do estudo foi analisar como as personagens femininas do romance cedem às imposições patriarcais ou conseguem romper com elas, impondo-se e exigindo a igualdade entre os gêneros. Olanna apresenta-se mais passiva às imposições patriarcais, porque ela se encaixa e segue os padrões de mulher ideal da época, aceitando a traição do marido, ansiando pela maternidade. Kainene consegue uma libertação superior, mas sofre com as condições em que isso ocorre, já que as conquistas estão atreladas à sua condição de mulher feia. As irmãs gêmeas não idênticas, Olanna e Kainene, enfrentam de maneira distinta as imposições patriarcais, pois possuem padrões estéticos distintos que as diferenciam socialmente. A análise revela que a classe social elevada das imãs é de suma importância para as conquistas que elas usufruem, pois possuem acesso à boa educação, o que lhes permite romper com as imposições sociais familiares.
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