“COMO EU POSSO SABER O QUE EU FIZ ATÉ QUE EU VEJA O QUE EU PRODUZI?”

Autores

  • Sirlene Aparecida Takeda BRESCIANI
  • Simone Alves Pacheco de CAMPOS

DOI:

https://doi.org/10.30681/relva.v5i2.3408

Resumo

Este ensaio teórico teve como objetivo geral ampliar o entendimento sobre sensemaking em ambientes organizacionais e em pesquisas acadêmicas. O conceito de sensemaking significa a produção de sentido e oferece uma nova perspectiva de análise organizacional, a partir do exame de aspectos dinâmicos das organizações, como um processo evolutivo das diferentes informações que são processadas constantemente, ou seja, como as organizações entendem e pensam as experiências que já tiveram.  Assim, a reflexão foi realizada a partir da obra de Weick, intitulada Sensemaking in Organizations, escrita em Londres no ano de 1969, traduzida por Malanovicz, em Porto Alegre em 2010. Ainda, considerando que as organizações realizam constantemente mudanças em produtos, serviços e processos, realizouse duas buscas na base de dados Web of Science, para averiguar se há publicações sobre sensemaking e inovação. Primeiramente, buscou-se publicações com a temática sensemaking, resultando em 628 publicações e posteriormente, innovation and sensemaking, com o total de 12. Assim, compreende-se que sensemaking auxilia para construção e manutenção da identidade organizacional, como ferramenta para nortear a elaboração do plano estratégico, para estratégias em inovação, para a aprendizagem e comportamento organizacional e principalmente, na comunicação organizacional. Por fim,  considera-se que sensemaking pode ser utilizado por pesquisadores e principalmente por gestores organizacionais em momentos de crise ou não, para dar sentido a questões importantes que afetam a mudança estratégica organizacional, pela capacidade de gerar novas possibilidades de ação nas organizações.  
 
Palavras-chave: Ensaio Teórico. Organização. Sensemaking. Inovação.

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Publicado

2019-03-03

Como Citar

BRESCIANI, S. A. T., & CAMPOS, S. A. P. de. (2019). “COMO EU POSSO SABER O QUE EU FIZ ATÉ QUE EU VEJA O QUE EU PRODUZI?”. Revista De Educação Do Vale Do Arinos - RELVA, 5(2), 75–92. https://doi.org/10.30681/relva.v5i2.3408

Edição

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