TENSÕES E DISPUTAS ENTRE A LÍNGUA CRIOULA CABO-VERDIANA E A LÍNGUA PORTUGUESA DESDE A INDEPENDÊNCIA DE CABO VERDE
DOI:
https://doi.org/10.30681/relva.v6i2.4230Resumo
O presente artigo apresenta dados de uma pesquisa realizada entre os anos de 2016 e 2018, que teve o objetivo de compreender como a Língua Crioula cabo-verdiana, considerada a língua materna, vem sendo inserida no sistema educacional de Cabo Verde e a tensão com a Língua Portuguesa, que é a língua oficial do país. Pautada na legislação, a investigação contextualiza historicamente, a constituição de Cabo Verde e da Língua Crioula cabo-verdiana, abordando as relações de diglossia e bilinguismo, ainda existentes no país, bem como, os movimentos políticos educacionais para a inserção da língua materna no sistema de ensino com vistas a sua oficialização. A discussão pautou-se nos estudos sobre o uso das línguas crioula cabo-verdiana e portuguesa em Cabo Verde sendo eles: História Geral de Cabo Verde (1991) e Barros (1939). Os dados da pesquisa indicam que apesar da Língua Crioula cabo-verdiana ter sido secundarizada ao longo da história, vem resistindo e conquistando seu espaço por meio de políticas públicas educacionais, mesmo que ainda de forma modesta.
Palavras-chave: Línguas Crioula Cabo-Verdiana e Portuguesa. Cabo Verde. Sistema de Ensino. Resistência.