NO FIO DISCURSIVO DAS CIDADES: O GÊNERO PROPAGANDA NA CONEXÃO COM O ESPAÇO ESCOLAR

Autores

  • Jacilda de Siqueira Pinho
  • Márcia Vacario

DOI:

https://doi.org/10.30681/relva.v7i1.4920

Resumo

 Trata-se de uma pesquisa intervencionista realizada com alunos do 9º ano de duas instituições da rede pública de ensino de Mato Grosso. As ações de pesquisa pautaram-se nas seguintes indagações: Como os sujeitos/alunos produzem sentidos ao ler as imagens da mulher no e-Urbano veiculadas nas propagandas? Como ocorre o processo de autoria dos alunos/sujeitos do 9º ano do Ensino Fundamental na relação da (re) leitura e (re) escrita de gênero discursivo propaganda? Assumimos como objetivos da pesquisa: a) propor aos alunos/sujeitos analisar, a partir de aspectos da Teoria da Análise de Discurso Francesa (ADF), os efeitos de sentidos no gênero discursivo propaganda sobre a mulher na sua forma física, veiculados no e-Urbano e nas redes sociais, tendo o interdiscurso como elemento constitutivo da produção de sentidos; b) compreender as escolhas linguísticas feitas e os efeitos discursivos postos nas propagandas. A pesquisa intervencionista tomou como referência os conceitos de e-Urbano (DIAS, 2011), autoria (ORLANDI, 2000), gênero discursivo (BAKHTIN, 1997), multiletramentos (ROJO, 2012) e interdiscurso (PÊCHEUX, 2015). O conjunto de dados qualitativos que integram o corpus de análise corrobora a importância de se explorar o gênero discursivo propaganda no ensino de Língua Portuguesa, a produção de sentidos se fez presente tanto na interpretação das propagandas pesquisadas pelas professoras pesquisadoras tanto pela produção autoral dos alunos/sujeitos. A análise aponta o reconhecimento das possíveis interpretações que surgem dos efeitos produzidos pelo sujeito/aluno interpretante. Os dados evidenciam, ainda, o quanto somos atravessados pela memória e formação discursiva que nos constitui e (re)produzimos conceitos estereotipados.


Palavras-Chave: Gênero discursivo; Autoria; E-Urbano.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jacilda de Siqueira Pinho
    Professora da educação pública estadual do Estado de Mato Grosso, mestra em Letras pela UNEMAT, membro do grupo "Educação Científico Tecnológica e Cidadania". Residente no município de Diamantino-MT.
  • Márcia Vacario
    Professora de Língua Portuguesa da rede estadual de ensino de Mato Grosso, lotada na EE 19 de Julho, Peixoto de Azevedo-MT, mestra em Letras pela UNEMAT.

Referências

BAKHTIN, Mikhail Mjkhailovitch, 1895-1975. Estética da criação verbal / Mikhail Bakhtin [tradução feita a partir do francês por Maria Emsantina Galvão G. Pereira revisão da tradução Marina Appenzellerl. — 2’ cd. —São Paulo Martins Fontes, 1997.

BARACUHY Regina. PEREIRA Tânia Augusto. A biopolítica dos corpos na sociedade de controle. Revista Gragoatá, Niterói, n. 34, p. 317-330, 1. sem. 2013. Disponível em: https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/32974/18961. Acesso em: maio de 2017. DOI: https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i34.32974

CARVALHO, Nelly. O texto publicitário na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2014.

CAVALHEIRO. Juciane dos Santos. A concepção de autor em Bakhtin, Barthes e Foucault. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/3042/2585. V. 11. N. 2. Acesso: maio de 2017. DOI: https://doi.org/10.5433/2237-4876.2008v11n2p67

DIAS, Cristiane. e-Urbano: a forma material do eletrônico no urbano. In. DIAS, Cristiane. E-urbano: Sentidos do espaço urbano/digital [online]. 2011, Consultada no Portal

Labeurb –http://www.labeurb.unicamp.br/livroEurbano/ Laboratório de Estudos Urbanos

LABEURB/Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade – NUDECRI, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

FOUCAULT, M. O Que é um Autor? (1969). Tradução: Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.

MACHADO, Irene. Gêneros discursivos. In: BRAIT. Beth. (org.). Bakhtin: conceitos-chave. 5 ed. 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2014. p. 151-176.

ORLANDI, E. Autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. SP: Campinas. 5 ed, Pontes Editores, 2000.

____________. Nem escritor, nem sujeito: apenas autor. In: Discurso e leitura. 5.ed. – São Paulo, Cortez; Campinas, SP Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2000.

____________. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 5. ed. Campinas, SP: Pontes, 2005.

_____________. Análise de Discurso: Michel Pêcheux. Campinas, SP: Pontes, 2015.

PEREIRA, A.M. Tânia e LEITE, B. R. Maria. A ditadura da beleza: a construção identitária femininano discurso publicitário. Disponível em: http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ABRALIN_2009/PDF/T%C3%A2nia%20Maria%20Augusto%20Pereira.pdf. Acesso em: 15 abr. 2017.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Trad. Eni Orlandi etal. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.

RAMOS, Penha Élida Ghiotto Tuão. RAMOS, Márcio César Silva. WhatsApp: comunicação, ubiquidade e minimalismo. 2016. pp. 1-6 Disponível em: < http://evidosol.textolivre.org/papers/2016/upload/95.pdf.>. Acesso em: 03 abr. 2017.

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.

ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.

SANTOS, Camila Antonia da Silva. JUNIOR, Antonio José dos Santos. O conceito de interdiscurso na propaganda da “operação lei seca”. ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA. Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 3. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 2106-2116.

SILVA, Albina Pereira de Pinho, Formação de Educadores: Uma Vivência com Projetos de Aprendizagem Mediados Pelas tecnologias. Cáceres: Ed Unemat, 2012.

Downloads

Publicado

2020-02-06

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

NO FIO DISCURSIVO DAS CIDADES: O GÊNERO PROPAGANDA NA CONEXÃO COM O ESPAÇO ESCOLAR. (2020). Revista De Educação Do Vale Do Arinos - RELVA, 7(1), 88-111. https://doi.org/10.30681/relva.v7i1.4920

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)