O ENSINO DO PORTUGUÊS, COMO SEGUNDA LÍNGUA, NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL E DA DIDÁTICA DESENVOLVIMENTAL: INTERLOCUÇÕES COM OS JOVENS INDÍGENAS XAVANTE
DOI:
https://doi.org/10.30681/relva.v8i1.5520Resumo
Resumo – As vicissitudes verificadas mundialmente, têm contribuído e muito para que aconteçam, também, várias modificações no sistema de ensino das escolas públicas urbanas, principalmente, aquelas que estão de portas abertas para receber os jovens indígenas do Povo Xavante que estão deixando suas aldeias em busca de novas oportunidades educacionais na cidade de Barra do Garças/MT. Seguindo essa premissa tivemos como objetivos: elaborar algumas ações como proposta de ensino sobre Língua Portuguesa, como segunda língua, para esses jovens, tendo em mente respeitar como princípio, seus aspectos linguísticos e culturais. Assim, nossas ações se encaminharam fortalecidas com o estudo da teoria histórico-cultural e da didática desenvolvimental, de Vygotsky (2010), Leontiev (2001) e Davydov (1988) e, dessa forma, investigar o processo de aprendizagem da segunda língua, (Portuguesa), por meio de conteúdos que envolvem a alfabetização e letramento desses jovens indígenas. Nossos estudos apontaram para as dificuldades enfrentadas por eles, uma vez que, vivem distantes do convívio familiar, em espaços urbanos. Dessa forma, buscamos aproximar o máximo de nossas ações, aos seus aspectos linguísticos e culturais solidificando a convivência deles no universo de outra escrita e de outra oralidade. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizamos a metodologia qualitativa, com a profundidade de entendimento do grupo social pesquisado.
Palavras-chave: Didática Desenvolvimental. Teoria Histórico-Cultural. Ensino de Língua Portuguesa. Jovens Indígenas.
Downloads
Referências
FARACO, Carlos Alberto. A escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto, 1992.
FREITAS, Raquel Aparecida Marra da Madeira. Organização do ensino na escola contemporânea: contribuições da teoria histórico-cultural. Revista Científica de Educação, Inhumas, v. 1, n. 1, p. 4-20, dez. 2016. ISSN: 2526-4257.
GADOTTI. Moacir. A boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo: Cortez, 2002.
KLEIMAN. Ângela. Preciso “ensinar” letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Campinas: CEFIEL, 2005.
LIBÂNEO, José Carlos. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a teoria histórico-cultural da atividade e a contribuição de Vasili Davydov. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, set./dez. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782004000300002.
LONGAREZI, A. L; PUENTES, R. V. Ensino desenvolvimental: vida, pensamento e obra dos principais representantes russos. Uberlândia: EDUFU, 2017.
MAGALHÃES, M. A. L.; SANTOS, M. M.; MAGALHÃES NETO, A. M. A Didática Desenvolvimental: uma proposta para a formação de novos educadores no ensino superior. In: SIRINO, M. B.; MOTA, P. F.; FERREIRA, A. V. (org.). Teorias e práticas da pedagogia social no Brasil. Jundiaí: Paco Editorial, 2018. p. 67-85. (Coleção Práticas e Teorias em Pedagogia Social, v. 2).
ROSA, Luciene de Morais. Encontros e desencontros entre os A’uwê Uptabi e os Waradzu no espaço urbano de Barra do Garças-MT. 2008. 119 f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2008.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2017.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da pesquisa. 2. ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.
VIANA, Francisco. A carta e o índio. In: MORAES, Nilo da Silva. Almanaque Cultural Brasileiro. São Paulo, 30 set. 2014. Adaptação da obra de: MARTINEZ, Altino. Leitura Teatralizada. São Paulo: Clássico-Científica, 1978. Disponível em: http://almanaquenilomoraes.blogspot.com/2014/09/a-carta-e-o-indio.html. Acesso em: 8 fev. 2020.
VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 10. ed. São Paulo: Ícone, 2010. p. 103-118.