EMPRESAS MAIS RENTÁVEIS SÃO DE FATO MAIS LUCRATIVAS? UMA ANÁLISE DAS EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS DA BOLSA DE VALORES BRASILEIRA
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente estudo investigou a relação entre rentabilidade e lucratividade no contexto da Bolsa de Valores do Brasil, concentrando-se nas empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) durante o ano de 2022, com a finalidade de analisar a relação entre os indicadores de rentabilidade e lucratividade no contexto do mercado de ações brasileiro, ainda, como objetivo específico, o estudo buscou mensurar a influência dos indicadores de rentabilidade nos indicadores de lucratividade. O estudo utilizou uma abordagem quantitativa e, para a análise dos dados, técnicas de correlação e regressão linear. Os resultados indicaram uma associação positiva e estatisticamente significativa entre rentabilidade e lucratividade, particularmente evidente entre o Retorno sobre Investimentos (ROI) e a Margem de Lucro Bruto (MLB). A análise de regressão demonstrou que um aumento de 1 ponto no ROI resultou em um aumento de 4,4925 na MLB. Além disso, o estudo enfatizou a importância do contexto de redução de custos e eficiência operacional na interação entre rentabilidade e lucratividade. Para agendas futuras, recomenda-se estudos que explorem variáveis adicionais, como fatores macroeconômicos e práticas de governança corporativa, para uma compreensão mais abrangente dessa relação no mercado de capitais brasileiro.
Detalhes do artigo
Seção
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Como Citar
Referências
ARAÚJO, R. S. NAZÁRIO, F. C. A. Sustentabilidade empresarial como fator de competitividade no Brasil. Revista Novos Desafios, Guaraí, v. 1, n. 2, p. 49-58, 2021.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 14ª ed. São Paulo, SP: Atlas, 2018.
BREALEY, R. A., MYERS, S. C., ALLEN, F. Princípios de Finanças Corporativas 12. AMGH, 2018.
CHEN, Y. J. LIN, J. A. CHEN, Y. M. WU, J. H. Financial Forecasting With Multivariate Adaptive Regression Splines and Queen Genetic Algorithm-Support Vector Regression. IEEE Access, v. 7, p. 112931-112938, 2019.
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 8. ed. São Paulo. Editora Atlas SA, 2017.
CRUZ, Pedro Lucas; ÁVILA, Lucas Veiga. Uso de indicadores financeiros e não financeiros para gerenciamento nas organizações: quando devem ser considerados kpi ou kri. Revista GESTO: Revista de Gestão Estratégica de Organizações, v. 9, n. 2, p. 88-100, 2021.
COSTA, M. A. S. GUERINO, G. C. LEAL, G. C. L. BALANCIERI, R. GALDAMEZ, E. V. C. Exploring performance measurement practices in Brazilian startups. Total Quality Management & Business Excellence, v. 33, n. 6, p. 637-663, 2022.
DOBROVIC, J.; LAMBOVSKA, M.; GALLO, P.; TIMKOVA, V. Non-financial indicators and their importance in small and medium-sized enterprises. Journal of Competitiveness, v. 10, n. 2, p. 41, 2018.
FENG, M. YU, W. WANG, X. WONG, C. Y. XU, M. XIAO, Z. Green supply chain management and financial performance: the mediating roles of operational and environmental performance. Business, Strategy and the Environment, v. 27, p. 811-824, 2018.
FONSECA, João Gabriel Marques; PEREIRA, Maria José Lara de Bretas. Faces da decisão: abordagem sistêmica do processo decisório. Grupo Gen-LTC, 2009.
FRAGA, M. O. OLIVEIRA, E. R. SANTOS, G. C. FERREIRA, R. A. Índice de sustentabilidade empresarial e desempenho econômico-financeiro: estudo do setor brasileiro de energia elétrica. RACEF – Revista de Administração, Contabilidade e Economia da Fundace, v. 12, n. 3, p. 245-261, 2021.
GAZZOLA, S. B.; PINHEIRO, R.; LEITE, L. C.; BELLUZZO, R. C. B. Aplicabilidade da competência em informação nas análises de indicadores institucionais como subsídios para a tomada de decisão: uma análise da equipe gestora da Etec Antônio Devisate. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 16, p. 1–26, 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6 ed. São Paulo : Atlas, 2014.
GOMES, L. F. A. M.; GOMES, C. F. S. Princípios e métodos para a tomada de decisão: Enfoque multicritério. São Paulo. Editora Atlas SA, 2019.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores . Editora Atlas SA, 2011.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Gulf Professional Publishing, 1997.
LI, D. CAO, C. ZHANG, L. CHEN, X. REN, S. ZHAO, Y. Effects of corporate environmental responsibility on financial performance: the moderating role of government regulation and organizational slack. Journal of Cleaner Production, v. 166, p. 1323-1334, 2017.
MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas SA, 2009.
MONTEIRO, A. A. F. SANTOS, T. R. SANTOS, G. C. Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e desempenho econômico-financeiro nas empresas da B3. RAGC – Revista de Auditoria, Governança e Contabilidade, v. 8, n. 38, p. 65-78, 2020.
MYSKOVÁ, R. HÁJEK, A. Mining risk-related sentiment in corporate annual reports and its effect on financial performance. Technological and Economic Development of Economy, v. 26, n. 6, p. 1422-1443, 2020.
SCHMULLER, J. Análise estatística com R. 2 ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.
SCHOBER, P. BOER, C. SCHWARTE, L. A. Correlation Coefficients: Appropriate Use and Interpretation. Anesth Analg, v. 126, n. 5, p. 1763-1768, 2018.
SEDLÁCEK, J. Financial Statements in the Financial Decision Making. European Financial System, v. 1, p. 678-685, 2016.
SILVA, A. A. da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis (5a edição). São Paulo: Editora Atlas SA, 2019.
SHAKESPEARE, C. Reporting matters: the real effects of financial reporting on investing and financing decisions. Accounting and Business Research, v. 50, n. 5, p. 425-442, 2020.
WITKOWSKA, D. KOMPA, K. STASZAK, M. Indicators for the efficient portfolio construction: The case of Poland. Procedia Computer Science, v. 121, p. 2022-2031, 2021.
XIE, J. NOZAWA, W. YAGI, M. FUJII, H. MANAGI, S. Do environmental, social, and governance activities improve corporate financial performance? Business, Strategy and the Environment, v. 28, p. 286-300, 2019.