LENDO AS CIDADES INVISÍVEIS: REFLEXÕES A PROPÓSITO DE UMA LEITURA COLETIVA
Palavras-chave:
As Cidades Invisíveis, Italo Calvino, Cidade, Discurso, Memória, Leitura ColetivaResumo
No ano de 2020, o livro de Italo Calvino intitulado As cidades invisíveis completou 30 anos de sua publicação no Brasil e, de modo a homenagear uma das principais contribuições do autor ítalo-cubano à literatura, foi realizado um projeto de leitura coletiva da obra, abrigado no perfil @lendoascidadesinvisiveis na rede social Instagram, e composto pelos registros em vídeo das leituras da idealizadora do projeto e de mais 55 pessoas convidadas, abarcando o livro de Calvino de sua primeira à sua última linha. Pensado originalmente apenas como projeto pessoal e afetivo de uma docente da Universidade Federal de Alagoas, a ação acabou por se constituir num enclave utópico em meio ao cenário de distop(andem)ia da primeira onda da Covid-19 no Brasil, e das angústias engendradas pelo prolongado (embora necessário) isolamento social. Posteriormente, duas das leituras das cidades descritas por Marco Polo a Kublai Khan em As cidades invisíveis, feitas por acadêmicas das áreas da história social e da linguística aplicada da Ufal, desdobraram-se em reflexões analíticas, apresentadas, primeiramente, no VI Colóquio Literatura e Utopia, e desenvolvidas aqui: Zora – sobre a cidade como lugar de memória/artefato político e seus signos ostensivos – e Olívia – considerando as relações entre realidade empírica e mundo dos discursos.