A CONFIGURAÇÃO DISTÓPICA EM ADAPTAÇÃO DO FUNCIONÁRIO RUAM, DE MAURO CHAVES, EM DIÁLOGO INTERTEXTUAL COM NÓS, 1984 E LARANJA MECÂNICA

Resumo

Este artigo apresenta uma análise da novela Adaptação do Funcionário Ruam (1975), de Mauro Chaves, um exemplo de distopia da literatura brasileira do século XX. Partindo de uma metodologia que privilegia as possíveis relações intertextuais entre esta obra e as distopias Nós (1924), de Evgéni Zamiátin, 1984 (1949), de George Orwell e Laranja Mecânica (1962), de Anthony Burgess, e recorrendo às teorizações sobre a distopia enquanto gênero literário produzidas por Erika Gottlieb (2001), Raffaella
Baccolini e Tom Moylan (2003), Tom Moylan (2016) e Gregory Claeys (2017), este estudo se concentra em apresentar como se configura essa distopia e como essa configuração se caracteriza por meio de diálogos intertextuais em aspectos temáticos e estruturais com esses três exemplares da literatura distópica estrangeira.