OS SENTIDOS DE ERRÂNCIA EM SINHÁ VITÓRIA E MARIA DA FÉ, PERSONAGENS DE GRACILIANO RAMOS E JOÃO UBALBO RIBEIRO/THE STRAYING AWAY SENSES IN SINHÁ VITÓRIA AND MARIA DA FÉ, CHARACTERS IN GRACILIANO RAMOS AND JOÃO UBALDO RIBEIRO

Autores

  • Mara Rubia Oliveira Goulart UNEMAT

Resumo

A obra literária, seja prosa ou poesia, é um produto de arte que possibilita ao leitor estabelecer relações tanto entre obras do mesmo gênero quanto de outro. É bastante comum, principalmente nos estudos da Literatura Comparada, a observância de tais conexões entre muitos textos, seja pelo viés da semelhança ou da dissidência. A leitura literária depende muito do que pode estar veiculado a ela no momento da experimentação com o estético e com a (re)construção dos lugares vários de interpretação, de inferência. Se cada leitura pressupõe um ponto de vista, logo, nova interpretação sobre um objeto; sendo a subjetividade capaz de definir diferentes modos de expressar opiniões. O propósito é desenvolver uma leitura crítica capaz de apresentar possibilidades de interpretação, admitindo assim, novas etapas de significação em relação às duas narrativas escolhidas. Nessa perspectiva, o objetivo é pensar no diálogo que há entre as materialidades de dois grandes clássicos da Literatura brasileira: Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos e Viva o povo brasileiro (1984), de João Ubaldo Ribeiro. No entanto, é pertinente dizer que diante das duas materialidades, a intenção é estabelecer relações, mais propriamente sobre a construção literária das personagens Sinhá Vitória (em Vidas Secas) e Maria da Fé (em Viva o povo brasileiro) observando, sobretudo, como se materializa o sentido de errância nessas personagens, mulheres que vivem suas experiências de mundo, se deslocando por espaços do sertão nordestino. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABDALA, Benjamin. Romance Social Brasileiro. In: Margens do Texto. São Paulo: Scipione, 1993.

ADORNO, Theodor W. Posição do narrador no romance contemporâneo. In: Notas de Literatura I. Tradução de Jorge de Almeida. São Paulo: Ática, 1993.

AUERBACH, Erich. Mimesis – A representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1998.

BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética. A teoria do romance. São Paulo: Unesp-Hucitec, 1998.

BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

BOSI, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1995.

_________. Os estudos literários na era dos extremos. In Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras1995.

CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. Tradução de Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

CANDIDO, Antonio. Direito à literatura. In Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p. 235-249.

_________. Literatura e Sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2000.

LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um capítulo histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução, posfácio e notas de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.

MACHADO, Madalena. A Literatura de Ricardo Dicke: Intervenções Críticas. São Paulo: Arte e Ciência, 2014.

OLIVIERI-GODET, Rita. Errância/migrância/migração. In: BERND, Zilá (Org.). Dicionário das mobilidades culturais: percursos americanos. Porto Alegre: Literalis, 2010.

PERRONE-MOÍSES, Leyla. Altas Literaturas: escolha e valor na obra crítica de escritores modernos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

RIBEIRO, João Ubaldo. Sargento Getúlio. 21ª Edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A, 2001.

_________. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

SANTIAGO, Silviano. O narrador pós-moderno. In: Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Downloads

Publicado

2017-05-10

Como Citar

Goulart, M. R. O. (2017). OS SENTIDOS DE ERRÂNCIA EM SINHÁ VITÓRIA E MARIA DA FÉ, PERSONAGENS DE GRACILIANO RAMOS E JOÃO UBALBO RIBEIRO/THE STRAYING AWAY SENSES IN SINHÁ VITÓRIA AND MARIA DA FÉ, CHARACTERS IN GRACILIANO RAMOS AND JOÃO UBALDO RIBEIRO. Revista Athena, 10(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/1899

Edição

Seção

ARTIGOS/ ENSAIOS