DIÁRIO DE LEITURA: UMA ENTRADA, UMA SAÍDA/READING DIARY: ONE ENTRY, ONE WAY OUT
Resumo
: Neste trabalho apresentamos uma metodologia que tem sido útil para a valorização da leitora e do leitor como produtores de sentidos de textos literários: o diário de leitura. Para refletir sobre a leitura, valemo-nos de alguns textos pontuais de Barthes (1987) e Compagnon (1999), e para o nosso estudo e aplicação do diário de leitura, Clifford (2002), Versiani (2005) e Lejeune (2008). Nenhum desses nomes trabalha diretamente com diário de leitura literária e alguns nem sequer trabalham com diários de qualquer natureza. Assim, a autoetnografia foi fundamental para compreendermos a observação (leitura) no contexto de uma comunidade (de leitoras e leitores). Da mesma forma, foi de vital importância a discussão de Lejeune sobre diário íntimo, pois o diário de leitura literária muitas vezes acarreta na expressão de intimidades.
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Referências
BARTHES, Roland. Escrever a leitura. In: O rumor da língua. Trad. Mario Laranjeira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 26-29.
CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século XX. Trad. Patrícia Farias. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2002. p. 17-62.
COMPAGNON, Antoine. O leitor. In: O demônio da teoria: Literatura e senso comum. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. p. 139-164.
LEJEUNE, Philippe. Diários e blogs. In: O pacto autobiográfico: De Rousseau à internet. Trad. Jovita Maria Gerheim Noronha e Maria Inês Coimbra Guedes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008. p. 257-368.
VERSIANI, Daniela Beccaccia. Autoetnografias: Conceitos alternativos em construção. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005.